SOARES É FACHO, É FIXO, É FADO

Mário Soares tem tempo de antena na directa proporcionalidade da sua irrelevância prática e responsabilidades nos pactos entretanto estabelecidos com quem nos afundou nos sérios problemas em decurso. Parir manifestos liriquistas, humanistas, filantropistas, é fácil, depois do mal feito, tolerado e até acobertado por apoios cheios de tesão e grande arrepanhar de cabelos diante do espectro da Velha, da eleição da Velha, e não sei quê. Soares é um ciganão. Soares é meio cigano. Soares do que precisa é de manifestos anti-Soares. Agora, ao pôr a mãozita papuda nas diabruras doidas de Otelo Saraiva de Carvalho, lá está ele, na sua excelsa papal figura a paternalizar o ex-terrorista, conforme lhe compete, indicando o caminho à blandícia da opinião: «um coração muito bom» [...] «de vez em quando diz a sua asneira». O militar de Abril, diz Soares, «contribuiu para o sucesso da democracia», mas na verdade, graças a partidos medíocres e repletos de merda como o PS de Sócrates e o PSD de Dias Loureiro e outras figuras dignas de simbólico fuzilamento, a democracia nem é um sucesso nem é, sequer, democracia. Quando muito arremedo, uma falácia, uma mentira, espaço mole de injustiças e impunidades crassas, república bananíssima das bananas. Soares enriqueceu. Todos nós empobrecemos, saqueados de Fisco e Banca, cercados dos oportunistas da Política, da traição magna da política, da representatividade falsa da política. Rica prenda, a 'democracia' do Otelo.  

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