DUQUE E A TENDINITE TENDENCIOSA SANGUESSUGA

Ainda me lembro bem de escutar atentamente o Fórum da TSF, nos anos Sócrates, e detectar centenas de depoimentos lidos numa folha de papel amarfanhada todos de aclamação ao Querido Líder, mesmo quando tresandava a chulice e àquela forma de mentir que se escapava por cada interstício mediático, como o Baldaia como bispo. A tralha Nuno Santos e o plácido e admirável António Pedro Vasconcelos, salvo como irritante comentador de futebol e fait divers, espécie de senadores do politicamente correcto, funcionaram como contraponto porque qualquer coisa que cheire a liberalismo mediático ou económico terá necessariamente de cheirar mal, ainda que nos sepulte de dívidas, défices e passivos. Duque esteve em altíssimo plano ao denunciar as brincadeiras orçamentais do Governo anterior, associando-se a nós, os que odiávamos e combatíamos as malfeitorias e os abusos de poder paquidérmico socratista. O grupo de trabalho que liderou conclui da possibilidade de existir um espaço informativo imune às escolhas dos donos dos grupos de comunicação social, o que augura um regime mediático muitíssimo mais isento, na esteira de ousadia útil, autêntica pedrada no charco, pelo casal Moniz. Mesmo a SIC de Balsemão produziu excelente trabalho de denúncia de desmandos, corrupção e malbaratamento de recursos públicos por parte dos sanguessugas socialistas, pelo menos até eleições de 2009, altura em que súbita e inesperadamente se parou para merendar e entregar as dimensões noticiosa e opinativas aos socratistas-socialistas e a sua tendenciosíssima tendinite de sanguessugas nas sondagens, nos jornais, na caríssima e dispendiosíssma avença comentarista. Gostei de ver neste grupo de reflexão o João Gonçalves e Villaverde Cabral, gente com um pensamento crítico estruturado que me merece o máximo respeito intelectual e que só a vontade de conservar passivos, dívidas e défices tal como estão, explicará a rejeição apressada. Há uma elite intelectual de Esquerda Moderada e Ávida apostada em conservar todos os vícios e toda a ordem estabelecida intacta. Não haver finalmente alguma coisa que abane com o seu mundo e faça novas todas as coisas.

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