O IMPONDERÁVEL DIOGO ESVOAÇANTE
Eu, que nestas coisas da cultura, não sou nada, mas mesmo nada, tendencioso, considero que a secretaria de Estado da Cultura fez bem em desinfectar o director artístico do Teatro Nacional Dona Maria II, com efeitos "imediatos", expressão palavrosa que significa «Põe-te no olho da rua, já!», mas com finesse. Não estão em causa as qualidades pessoais, artísticas e administrativas do Diogo, está em causa a bazófia politizada e politizante em que se meteu, certamente espicaçado para espicaçar e diminuir o invisível ministério tutelado pelo invisível Francisco José Viegas: o Diogo pertence ao grupo daquelas centenas de nomes do tempo do Primadonna colocados com a sua chancela, e com ampla lealdade ao mesmo Primadonna que fez deles novos Figos, isto é, outras formas mais duráveis e permanentes de embeber em Taguspark o problema-solução da imagem colada à imagem. Há imensos acólitos remanescentes prontos para todo o serviço serventuário do desafiosinho a que hoje se deu o Diogo. Está tudo no paleio utilizado. De resto, se o Diogo Infante queria ser afastado, ou esperava, ou então desafiava o Governo [e a Troyka] com a suspensão da programação para 2012 e a ameaça da sua demissão, coisa que fez e que talvez só tenha pecado por tardia. Adeus, imponderável Diogo esvoaçante e tal!
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