FRIAMENTE, QUEM QUER UM BENFICA PROVINCIANO?


Friamente, o jogo de ontem à noite foi um apontamento de qualidade indiscutível. Dois técnicos rivais que se respeitam, dois técnicos que não se hostilizam, prestigiando a sua função, treinadores com a Paixão que se impõe nestas coisas, dois técnicos que imprimem gana e garra às suas equipas. Não posso deixar de desejar o melhor para Jesus [gosto de meter-me com ele quando incha de satisfação por uma vitória e já nem sabe o que dizer nas conferências de imprensa, embriagado de si mesmo] e para Domingos, hábil motivador, forjado no espírito indómito e invicto do meu clube. Apesar de contenderem contra o meu FC Porto, não é possível deixar de simpatizar com ambos, até porque têm carisma e qualidade e terão um trajecto brilhante. Ainda bem para Portugal. As situações extra-jogo Benfica-Sporting, essas já são dignas de censura e de uma análise sumária, para já. Notoriamente, os pretextos desportivos não podem constituir vazão de frustrações apenas superáveis com trabalho honesto e protesto honesto. Vandalismo nada tem a ver com futebol. Desde logo, João Gabriel não segue por bom caminho ao alimentar com adjectivos desproporcionados um incêndio que deveria ser apagado imediatamente: populista e demagógico, tomando Paulo Pereira Cristóvão como alvo, raramente se compaginará com futebol. Pessoalmente estou contra a alterações de procedimentos de segurança, no primeiro quarto da Liga ou a meio dela, passíveis de uma leitura provocatória legítima e a chamada caixa de segurança da Luz, supostamente uma estrutura de última geração na Europa, não funcionou nem funcionará no contexto português. É mais um daqueles preciosismos imitacionistas provincianos, na esteira das Corridas no Hipódromo e outras importações auto-ridicularizantes já devidamente denunciadas pelo Eça, n'Os Maias. Do mesmo modo deverá ser censurado que algumas cadeiras no sector do topo norte do Estádio da Luz, que estava destinado aos adeptos do Sporting, tenham sido maldosamente incendiadas. Uma vez que esses actos poderão representar uma indemnização gravosa variável e 2500 euros de multa, não vejo que amor terão ao seu clube os adeptos responsáveis por tais prejuízos e sinais anti-desportivos. Ainda é tempo de o Benfica recuar da sua caixa provinciana e de o Sporting cessar as hostilidades, interrompendo a troca de galhardetes para que se não eternize e obnubile os méritos de Domingos e de Jesus e sobretudo o carácter impresso nas duas equipas que é bom se não dissipe. 

Comments

Daniel Santos said…
realmente essa da caixa provinciana está demais. Não sabia que o Real Madrid e o Barcelona, que usam igual caixa, também eram provincianos. Todos os dias uma novidade.
joshua said…
O que é provinciano é querer imitá-los. Isso é que é provinciano.

Não é ter caixa e instalá-la a partir do jogo com o Sporting.
Unknown said…
O jogo com o lagartame, foi o jogo que levou mais adeptos dos clubes visitantes à Luz e só não foi estreado com os bósnios porque eram poucos. Se estivesses n abancada por baixo a levar com dejectos na cabeça, duvido que não pedisses uma rede que impedisse. Qual a diferença entre paredes de acrílico e um cordão de segurança de gnr's ? é mais barato pois só se paga uma vez em vez de pagares em todos os jogos. Se concordo com segregação ? Não, mas para animais daqueles, se calhar só mesmo em jaulas com chicotes. Vê lá se fora da caixa, onde se viram muitos cachecóis verdes houve algum problema ? Provicianas são as técnicas de desinformação e mentira que o PPC usou toda a semana e os comentários da insonorização do salema.

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