OS QUE VOCIFERAM CONTRA DUQUE
Não vociferaram suficientemente contra o caminho que nos ia trazendo, sorrindo, até quase todas as indignações e estados de alma aflitivos do presente. Até prova em contrário, Miguel Relvas está a fazer algo pela RTP e algo pelo Serviço Público de Televisão, realidades só suportáveis e só possíveis se houver dinheiro, bom senso e inteligência, o que de modo algum superabundou até aqui. Uma das coisas mais bem pensadas e urgentes é a extinção de esse bicho híbrido e nulo que é a ERC, nada mais que um tacho. Só por pura estupidez é que se pode concluir que o que moveu Relvas e o seu grupo de estudos foi o ódio à televisão pública, menos ainda João Duque, mas a correlação qualidade e prejuízo do serviço prestado. João Duque corresponde ao oitenta do ultraliberalismo? É possível. Mas não esqueçamos que o Ultrasocialismo despesista é que nos trouxe até aqui. Louvo-lhe a coragem por dar sozinho a cara pelo resultado do “estudo”. Não compreendo é com o que se escandalizam os que se rebela e rebolam pelo facto de a RTPI dever ser “controlada” directamente pelo Governo, mediante os bons ofícios do Ministério dos Negócios Estrangeiros, se mesmo a linguagem diplomática funciona, hoje, como uma linguagem de negócios, oportunidades e afirmação de uma marca de prestígio, tudo o que a RTP ainda não conseguiu firmar ou ser ao contrário de uma BBC e de outras com as quais competimos no plano global. Vale mais um João Duque que não esconde uma orientação de fundo talvez neoliberal que um neoliberalismo esconso e velado que perpassou duas legislaturas supostamente socialistas. Até ver, considero absolutamente exageradas as conclusões raivosas que dão conta de deriva fascizante nestas conclusões e nestes estudos: com o devido escrutínio veremos se estas medidas e outras reeditam uma governação a pensar nos interesses do Partido ou nos superiores interesses de Portugal, tantas vezes traídos pela gula desmedida dos que partidarizam o poder e politizam a economia.
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