A SAGA DO ESPERMATOZÓIDE SVETLANA STALINA
Todos os seres humanos parecem eternos, pelo menos assim se sentem e pressentem, enquanto não lhes vem a acontecer que morram. Por exemplo, no JN de hoje, o capitalista, trabalhador, acumulador de dinheiro, e hábil fugitivo fiscal, Amorim, viceja com uma fortuna pessoal de mais de três mil milhões de euros, meu Deus, isto num País destes lembra um país africano daqueles. Amorim nada tem a ver com milhões de portugueses, a cagar e a tossir, com os trocos de cada dia, incapazes, os Incapazes, de dançar o tango com o Fisco como o Amorim, as filhas do Amorim e os netos dedutíveis ao Fisco do Amorim. Outros, filhos da igualdade violenta do primeiro quartel do século sangrento XX, como Svetlana Stalina, filha de Estaline, que em plena Guerra Fria protagonizou um dos mais embaraçosos incidentes diplomáticos de que há memória ao trocar a URSS pelos EUA – o comunismo pelo capitalismo – morre, como qualquer de nós. Mas morre anónima, óbito dado a 22 de Novembro. Menos mal, morre aos 85 anos. O que é pior, morre na miséria e no isolamento, no estado americano do Wisconsin, onde viveu com o nome Lana Peters. Houve aqui um lapso e uma ingratidão da sociedade capitalista ao não capitalizar absolutamente nada ou muito pouco desta transfuga excepcional da tirania comunista soviética. Quando qualquer um pode ser estrela e por qualquer coisa dar uma entrevista ao 60Minutes one more time and time and time again, o que é muito diferente de uma mera entrevista ao Wisconsin State Journal, custa não ter sabido o máximo desta extraordinária Svetlana Stalina. Saber especialmente ter sido ela relíquia biológica, culminar copulatório, de um dos mais impressionantes monstros absolutos da História, é de deixar transido qualquer um mais sensível!
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recordo-me do acontecimento nos meus primeiros anos da fac