UMA GIGANTESCA VERDADE
Uma grande verdade aliada ao facto de que apenas para poder trabalhar muitas vezes as despesas inerentes, altas, para não dizer absurdas, poderiam desmobilizar quem o faz, não fossem os filhos e as obrigações fixas, o que dita em imensos casos, caos familiar, depressão e aquele desânimo inviabilizador do que seja ou se chame produtividade, dado o estado laboralmente esclavagista e moralmente escalavrado para que se caminha: «Não vejo como pode este trabalhador médio dar-se aos “luxos” descritos por Fernanda Câncio. Pelo contrário, se olharmos para as remunerações das mulheres-a-dias chegamos a uma conclusão engraçada. Aqui em Braga, o salário de mercado de uma mulher-a-dias é de €5 por hora. Imagino que no Porto e em Lisboa este salário seja mais alto (possivelmente €6). Admitindo um mês médio de trabalho de 20 a 22 dias, tal corresponderá a um salário mensal entre os €800 e os €1050. Ou seja, muitas mulheres-a-dias estarão entre o primeiro terço de trabalhadores mais bem pagos e, definitivamente, a grande maioria ganha mais do que a maioria dos trabalhadores portugueses por conta de outrem. Ou seja, não só a generalidade da classe média portuguesa não pode contratar uma mulher-a-dias como, pelo contrário, gostaria de ser tão bem pago como uma.» Luís Aguiar-Conraria
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Ass.: Besta Imunda