VERDE, INSIGNE REITOR DA SORBONNE LUSA
Rui Verde só pode pertencer àquele grupo restrito de portugueses metidos numa alhada monumental e que rapidamente se transformam em vendedores dos próprios livros, também eles escritos e publicados à pressa. A extinta Universidade Independente, nicho 'formador' de ávidos políticos instantâneos, políticos automáticos, apressados em subir na Capital e sobretudo no capital, foi um caso de pressa extrema. Agora que Verde enfrenta as naturais consequências, transforma-se em escritor, biografista e zelador de papéis. Ora os documentos da Independente que o Verde tem na mão e de que Cerejo faz alarde neste dia de São Orçamento, por mais selados, por mais carimbados e por mais assinados que estejam, possuem tanta credibilidade e seriedade quanta a que Sócrates averbou com os seus processos 'límpidos' e 'isentos' de chegar ao Poder, manter o Poder e governar para o seu disciplinado exército clientelar. Sócrates, que é tão sério como qualquer burlão, qualquer charlatão, como não tem nenhuma credibilidade, só tem quem o lixe, mesmo quando o tentam ajudar, ilibar, como parece fazer Verde. A falsidade furona de Sócrates não está tanto na falsidade trambiqueira dos seus diplomas falsos, mas no dominguismo leviano e burlão que lhe permitiu finalizar o curso à toa, numa displicência e supeficialidade inerentes à 'Universidade' e bem a imagem do «Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mas atrasado da Europa e de todo o Mundo! O país mais selvagem de todas as Áfricas! O exílio dos degredados e dos indiferentes! A África reclusa dos europeus! O entulho das desvantagens e dos sobejos! Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia — se é que a sua cegueira não é incurável...» de que falava Almada. 'Curso' que, aliás, bem avisada, a Sorbonne não homolgou nem com os bons ofícios do sr. embaixador. Por alguma razão: quando o simples operárío Lula da Silva recebe Doutoramentos Honoris Causa e o 'licenciado' e ex-primeiro-ministro José Sócrates não é admitido na Sorbonne, está tudo dito e redito. Não basta frequentar o Quartier latin de Paris com os milhões comissionistas abichados ao longo de uma governação criminosa, para se entrar na Sorbonne, nem basta passar a desejar o Saber em vez de somente o Luxo, para se ficar absolvido! Tu, que ignoraste e perseguiste quaisquer vozes inimigas do teu orgulho, ofensivas à tua vaidade, menos a pantomineira tua, deverias sabê-lo, Primadonna! Isso de tirar um curso por semana, passado aos domingos à tarde, e logo numa pseudo-Universidade, graças ao carimbo faccioso de um Professor amigo, sócio de negócios, cúmplice para todo o serviço, é muito fácil. Basta ser Sócrates.
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