UM CURRÍCULO MERDARIANO NUNCA VEM SÓ

Não há surpresas. Nós, os que escrevemos e escrutinamos dia a dia, pelo ano fora, todas as coisas de interesse público e importância cívica, dignas de denúncia, correcção, sátira, e o fazemos sem lucro, sem prémio, só com o amor e a energia profética que nos move, nunca acabaremos de sofrer pela rectidão dos mais altos servidores públicos, pela dignidade salvaguardada de Portugal e dos portugueses. No fim termos razão compensa. Ser incansável compensa, ainda que sob o desprezo de quem nos deveria acarinhar e respeitar a moção ultra-independente seja de que agenda seja. Hoje Rui Verde tinha um sorriso rasgado ao explicar às TV a teia de interesses entretecida pelas juventudes partidárias ávidas à volta do chamado poder ou cheiro iminente a ele, enquanto a UI vicejava. Políticos ou jornalistas, a instantânea defunta Universidade Independente diplomou uma fauna indescritível de parasitas para todos os gostos, todos cumpliciados no mesmo torpe engano, depois caninos defensores de quem lhes protegesse e compensasse o estômago vil e venal. Vimos todos o encerramento rápido do vomitório dessa Independente. Vimos todos a tentativa de encontrar explicações rápidas e disfarces suficientes, por mais trapalhões, e sempre, nisto tudo, um bode expiatório dentre a tribo do delito. Ora, em toda a borrada monumental UI, quem haveríamos de ter para tal barrela? O Topo do Poder Judicial. Ei-lo a lavar pressurosa e servilmente a merda do diploma pífio de José Sócrates e, por inerência, de quantos partilharam com ele, na UI, o mesmo percurso 'esforçado'. Outro vómito em cima do vómito original, ainda pior que o original. Quem haveria de chegar-se à frente e proclamar inanidades do tipo «nada consta de irregular no diploma do sr. primeiro-ministro» com cópias adulteradas, suspeitosas, na mão?! A malta isenta e livre da Procuradoria. Seis anos a notar com que zelo extremoso a dra. Cândida e o dr. Pinto Monteiro não descansaram, provavelmente dadas as instâncias aflitivas, os berros ao telemóvel, de Sua Repelência, o ex-primeiro-ministro, acossado pelo próprio currículo merdariano, que Balbino Caldeira já autopsiara e transformara em notícia e em escândalo, ou acossado por outros tantos e extensos estrumes comissionistas da política e da Fraude, que Cerejo, como boa excepção à regra reles porque covardolas da classe, em bom tempo também investigara. De Fraude em Fraude, a Fraude como modo de vida. A Fraude que nos trouxe Sócrates, que era Sócrates e alguns dos seus, entourage de especialistas em Imagem e Petas. Fraude que nos deu a pré-bancarrota e, muito antes disso, todos os sinais precursores: a completa abjecção do aborto quase à la carte, suportado pelos contribuintes e rapidamente transformado em método contraceptivo; Fraude que nos deu o Poio Ortográfico. Fraude! Fraude que pariu e foi parida por Rui Verde, acusado de burla, corrupção activa, falsificação de documentos e fraude fiscal. Ei-lo que sai do armário e confessa o que sabe, o que era, o que viu e acolitou nos tempos negros e 'áureos' da UI. Depois de lido, o seu livro dará uma bela acendalha de lareira in memoriam de um certo Portugal malcheirento que não vale um charro e é preciso matar o quanto antes.

Comments

Ze Muacho said…
O meu Amigo indigna-se, o Balbino indigna-se, mais meia dúzia indignam-se, e depois?

Eu já perdi essa capacidade porque a tê-la passava o dia a bater com a cabeça na parede.

O problema é que a caravana não passa; está aqui estacionada e para ficar.

O PGR está de pedra e cal, a prometida auditoria às contas públicas já foi, as gorduras do Estado, tão bem identificadas pelo Álvaro no seu livro e blog Desmitos, continuam lá e os cervos não se fazem rogados.

Licenciatura, Macau, Freeport, Cova da Beira, Fatinha de Felgueiras, Machadinho de Braga, Sobreiros, Furacão, Submarinos, BPN, BPP, Casa Pia, Face Oculta, Loureiro, etc. etc.

Esqueça, assobie para o ar, diga palavrões mas não se indigne porque, para além de fazer mal à saúde, não ganha nada com isso.

Há uma manta que os cobre a todos e nenhum alguma vez ficará a descoberto porque, mesmo sem serem músicos, poderão usar um trombone.

As cópias, com qualidade chinesa, do filósofo que agora estuda em Paris, estão por aí: uma no poder e outra na oposição e as juventudes partidárias garantem, para nossa desgraça, que nunca nos faltarão.

Se os Deuses, que moram por aqueles lados, se esqueceram dos gregos que estava à espera que nos acontecesse?

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