ENSINO: TRAIÇÃO AO FUTURO

«Como entrei para o ensino primário em 1971, como não tive irmãos muito mais novos, como não tenho filhos e porque não ligo aos meus sobrinhos, muito cedo (muitíssimo) deixei de me ralar com a Escola. Minha Mãe sim, pois era professora - e descrevia-me 'horrores' desde o gonçalvismo (milnovecentosesetenteicinqueiro), depois do gonçalvismo e já muito, muito depois do gonçalvismo. Como tive de estudar que nem um animal de carga para poder entrar no IST (onde depois se chumbava alegremente e às centenas largas...), estas questões "dos exames como 'instrumento apenas'(!)", da "avaliação" (seja de alunos ou professores) e "políticas de educação" deixa-me sempre nervoso e com vontade de vazar olhos. À Escola exige-se que: 1- exista fisicamente. 2- que essa existência passe por edifícios e por pessoas. 3- que essas pessoas cumpram a parte que lhes cabe, o professor obrigado contratualmente a ensinar; e o aluno obrigado a estudar e a saber. Se o aluno não sabe, deve CHUMBAR E REPETIR O ANO AS VEZES NECESSÁRIAS PARA SABER. 4-que os programas sejam exigentes, estimulando e puxando pela cabeça das crianças/jovens - e não O CONTRÁRIO sendo apenas uma colecção de 'conceitos' (!!!) confortável para meninos, professores, papás e mamãs e pedagogos enquistados em confortáveis e esquerdistas gabinetes de Lisboa (que mais não querem senão perpetuar a falácia do "Bom Selvagem" e adaptar a realidade a estatísticas queridas). 5- que os programas contenham MATÉRIAS FUNDAMENTAIS E ÚTEIS PARA QUALQUER CIDADÃO NO FUTURO, assim como para o PAÍS QUE GASTA DINHEIRO A ENSINAR; ou seja, que ensinem a RACIOCINAR, PENSAR, LER, ESCREVER, CONTAR. Poderia continuar aqui a bradar e a chorar, mas não o farei. Apenas refiro que alguém, lucidamente, disse que "igualdade de oportunidades não significa igualdade de resultados". Tudo o resto se deveria submeter a isto. Desmantelar novelos burocráticos, carreirismos, comodismos, teimosias e teorias puramente corporativas e subjectivas é URGENTE. A Escola deve servir o País, a sociedade e o futuro. Na Índia existem milhões de meninos que sentados na lama aprendem em quadros clássicos a calcular rápido e com superiores resultados.» Besta Imunda

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