GOLPE DE TÉDIO NO ENLACE MONEGASCO
A química, a naturalidade e a empatia que unem ou desunem estes dois, Alberto e Charlene, são equivalentes às que deixam derreadamente apaixonados um mosquito e um elefante. Não detectei amor ali, mas poderá haver tesão que permita procriação, farta procriação, confiando na envergadura de ex-nadadora campiã ostentada pela noiva-puro-sangue. É tudo de que se trata. Procriar e prosseguir sob os auspícios da Igreja e a bonomia dos monegascos. Sou monárquico e acredito na fecundidade presente numa ligação visceral Rei-Povo, acredito nos símbolos vivos, na preservação de uma identidade nacional mediante o exercício da Boa Memória, mas também gosto de ver amor-ele-mesmo pelo meio. Boa sorte, ó príncipes deste mundo!
Comments
Ontem ao ouvir vagamente as babujices dos repórteres-TVI e os novos epítetos atirados aos noivos (sobretudo à noiva...) não pude deixar de me lembrar que ser hoje 'Princesa do Mónaco' não é exactamente honroso - culpa das cavalonas irmãs de Alberto (ele-próprio uma espécie de garanhão da Fonte Boa).
Além de "Princesa do Mónaco" existiu também a "Princesa do Povo"; e cá - na pátria republicana - a "banqueira do povo", o "nobre das sucatas", o "rei do bacalhau", o "Imperador da Madeira" e - vinda directamente do Novo Mundo envolta em lantejoulas - a "Rainha da Pop". Esta última cativante e magnética pela lascívia bestial e pelo suor-de-virilha que exala cada vez que actua aí num coliseu qualquer. Podemos não ter Senhor ou Rei; mas temos uma vasta massa de 'pessoas' com mentalidade vassalar, daquelas pessoas que fizeram os dias dourados de pinto-de-sousa e que, nas autarquias, servem o cacique local da forma mais sabuja.
Ass.: Besta Imunda
Virginia