EFEMERIDADE
Conjugar a nossa libelular efemeridade é um exercício complexo,
por isso não o executamos. Cada qual, com o seu silêncio,
remoendo as suas glórias e os seus traumas,
cada qual, varrendo o sótão da sua consciência pesada,
remexendo a cave escura dos sentimentos soterrados,
cada qual ou em práticas lunares de espiritualidade diáfana,
numa sublimação do negrume negado que mora dentro,
ou ocluso nas rimas,
nas ramagens,
no disfarce
do parco
amor.
Joaquim Santos
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