COMO INSULTAR DESEMPREGADOS

A força manipulatória e ligeira governamental faz das suas assim com o socratinesco Madelino e certos bloggers a brincar ao desemprego como argumento eleitoral. O INE está no bolso do Governo. O IEFP é um bicho ao serviço dos números certos, postiços e politicamente correctos. Esses números, depois de Sócrates, nunca mais serão isentos com a violência torcionária sobre eles exercida pelo XVII Governo Constitucional. Com isto, e não há Eurostat que passe e garanta rigor há muito viciado pelos mecanismos de aferição governamentalizados, "o desemprego na zona euro continuou a subir em Julho, tendo atingido 9,5 por cento, quando em Junho era de 9,4 por cento". Em Portugal, por força dos esquemas montados de controlo e minimização de impactos no sentido não do emprego mas das eliminações de inscritos no IEFP, mediante cartas e actos administrativos unilaterais de cessação vinculativa, coisa de que certos espertos não falam, segundo isto, e de acordo com os dados do mesmo Instituto, o desemprego, mistificado e maquilhado, terá "estabilizado" nos 9,2%, (igual à da Suécia com subsídios e nível de vida incomparáveis com Portugal) e muito inferior à da vizinha Espanha, que afinal são várias e distintas "Espanhas" (18,5%), da Lituânia (17,4%) e da Letónia (16,7%). Convinha que a estupidez e a sem vergonheira abandonassem a retória governamental e a sua bonecragem de maquilhar. Por uma questão de respeito por quem sofre na pele o problema do desemprego, era de cessar a brincadeira dos números e parar de ignorar o impacto devastador que o desemprego desapoiado tem nos portugueses por serem portugueses e por estarem sob a alçada de um Governo a esse título no mínimo desprezivo.

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