O SILÊNCIO OBSTETRA DE CAVACO

Homem e instituição, que foram notícia por demasiado tempo, ao longo de esta campanha, apelam agora ao voto. Esse homem institucional que supostamente, após a tese das escutas e da vigilância governamentalesca à PR, com os seus silêncios ambíguos, visaria porventura alavancar eleitoralmente o PSD, mas pode ter catapultado o PS para uma derrota menos expressiva, dá uma no cravo e outra da ferradura. Pelo desânimo incutido no eleitorado, o descrédito não têm poder de apelo. Na verdade, a remoção, pelo voto, do Socratismo, vital que é para Portugal, tem na remoção, pelo voto, do Cavaquismo, o outro lado complementar. Cada coisa a seu tempo. Urge Frescura e Ética contra a velhice habitual do velho Sócrates e do velho Cavaco, colonos autoritários da decisão política, incapazes de nada mais que de desastre entre o conspirativo e o incompetente. Pouco virtuoso, Cavaco fechou os olhos à polé psicológico-pragmática instaurada sobre os portugueses pelo XVII Governo Constitucional, entristecendo-os. Infernizando-lhes a vida. Promulgou leis más, mal concebidas na forma e na substância. Apenas se exaltou com a grotesca e garota malfeitoria-PS com o Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Outras matérias lhe deveriam ter exigido fortíssima oposição indignada. Por exemplo, os professores mereciam dele outro respeito e outro respaldo que nunca obtiveram. Em vez disso, os docentes, abandonados, viram-se empalados de redundância burocrática papeliana e de irrelevância prática em face do verdadeiro choque, o tecnocrático e desumanizador da Escola. Cavaco foi cúmplice, portanto, de perversidades decisórias, cúmplice de parasitismos políticos, cúmplice da cultura devastadora do erário público e apropriação do Estado que é timbre do PS e ainda mais e mais grave por este PS sem escrúpulos. Cavaco pactuou a pensar em si mesmo e na sua reeleição agora precária. Cavaco condescendeu com grosseiras obscenidades políticas também. A mudar é hoje ou nunca. Perante actores políticos tão sem escrúpulos, useiros e vezeiros em vergonhosos comportamentos, o Portugal feliz, saudável e próspero está como nunca em causa. Votar é belo. Uma dádiva inestimável. Façamo-lo hoje gloriosamente: «“Como Presidente da República, posso garantir-vos: o que está em jogo é demasiado importante para que nos possamos dar ao luxo de ficar em casa, deixando aos outros a responsabilidade de tomarem decisões que são de todos”, apelou.»

Comments

Anonymous said…
É de lamentar como se fala do Presidente da República, eleito pela maioria dos portugueses, diz-se barbaridades que traduz e bem a mentalidade de um povo que fala por falar, que a mando de a) ou de b) querem queimar uma pessoa, sem o mínimo de escrúpulos, e até de educação básica. Oh! povo da minha terra, quem está a votos é o Governo, é cada um pensar como está o país, com uma dívida de 36 milhões de €/dia, a Justiça a bater no fundo, não há lei nem regras pª haver justiça verdadeira, porque o Código Penal continua a favorecer os criminosos, só houve uma alteração a pensar nos arguidos da Casa Pia, porque mexia e mexe com "peixe graúdo". O tráfico de influências é o parente que faz esta democracia mais pobre, sem justeza, até, em questões a decorrer em Tribunal, há pressões, há presenças, à porta de pessoas que sempre fugiram à ordem da Justiça, e isso veio a confirmar-se porque foram condenados por subtractor de menor, é o país que temos das cunhas. Temos mais criminalidade, assaltos a comerciantes, em residências e na rua à saída do emprego, como aconteceu a uma enfermeira do Hosp.Amadora/Sintra, roubada e abusada. É isto que devemos ajuizar e n/ o Pres. República. Bom senso
JotaB said…
Os órgãos de soberania estão permanentemente sob o escrutínio público e o Presidente da República não foge à regra.
Infelismente o seu comportamento tem sido merecedor do descontentamento de imensos portugueses.
Eu pertenço ao grupo daqueles que não o acham merecedor do lugar que ocupa, por manifesta falta de cultura democrática e por total ausência de sensibilidade para com os problemas de Portugal e dos Portugueses.

Mas hoje cumpre-nos escolher aqueles que se irão sentar no Parmento.
Mais uma vez estamos privados de fazer uma escolha pessoal, continuando a votar em listas partidárias.
Os eleitos dessas listas não ocupam, muitas vezes, os seus lugares no Parlamento, pelo que o nosso voto é subalternizado.

O voto é "secreto", mas eu digo que NÃO VOTAREI PS.
Pois continuo com a minha preconceituosa opinião relativamente à figura. Este homem apenas pensa na sua agenda pessoal, usa quem se oferece para o ajudar na ambição. Destruiu várias direcções do PSD e esta semana fez exactamente o mesmo a MFL - "fiel e antiga aliada" -, pensando talvez nas contas de uma hipotética reeleição. Atascado na imundície produzida pelos amigos de que soube rodear-se desde há mais de 25 anos, escondendo as evidências a todo o transe. Se alguém estranha a sua mais recente alarvidade, eu, pelo contrário, denoto apenas a coerência de quem lhe segue o percurso. Nada de novo, tudo conforme o seu interesse pessoal.

Já é tempo dos portugueses pensarem seriamente no derrube da ficção republicana, um coto infecto de mais partidocracia. Cara, abusadora, inútil. Basta!

A direita talvez devesse proceder a uma análise e declarar-se sem sofismas pela Restauração. A esquerda moderada seguirá o exemplo, mais tarde ou mais cedo. Mas isto seria possível num país com consciência de si próprio, mas hoje em dia, não tenho a certeza acerca daquilo que os portugueses querem ou pensam. Pensam?

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