ESSE DÉFICE DE COLETES DE FORÇA


Quando eles invadem os relvados, tipo Jimmy Jump, el Saltador, nus ou nuas, com t-shirts e a respectiva mensagem ou sob qualquer espécie de aposta, agredindo um jogador, roubando a bola e marcando um golo perante duas equipas paralisadas pela invasão, até podemos rir. Mas a brincadeira muda de figura, quando agridem primeiro-ministros, absolutistas e controleiristas que sejam, como o libidinoso Berlusconi, ou Papas, garantes de Algo Constitutivo e Identitário, preservado desde há séculos e que Explica a Europa a si Mesma. Perante um facto destes, alguma coisa de profundamente demencial só pode estar aninhada no nosso tempo à procura de perdê-lo e de afundá-lo num oceano de islamização ou num deserto de laicismo sáurio como os de Soares Pai e o de Soares Filho, espécimens de frades de um laicismo parolo, fora da realidade e afirmado sob pedantaria proverbial. Começa a haver falta de coletes de Força para os que transcorrem os limites do razoável. Coletes de Força para os gestores da France Telecom. Coletes de Força para o trio a que presidiu Maria de Lurdes Rodrigues e a sua violência dissoluta hoje sob cerco e reversão ponto por ponto. Coletes de Força para as mentes peregrinas da OCDE, do FMI, para quem vai ao Parlamento Português indignificá-lo, rir-se dos adversários, priorizar a gaytude burocratizada no grande planeta dos papéis antes de tantos problemas e desesperos, despejar esgares insanos e sarcasmos pútridos contra tudo e contra todos. Porque os loucos, os cínicos, os violentos, os egolatras, os psicopatas, os sociopatas, os completamente indiferentes à sorte e miséria alheias andam por aí. Ocupam quaisquer lugares, dos mais básicos aos mais exigentes. São parvos. São "sexys". São o refugo e o desastre de sociedades pachorrentas como a nossa.

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Parece que estamos a voltar 100 anos atrás.

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