MEDITAÇÃO BRANCA NO TEMPO DE UM MEIO-BIBERÃO

A tua paz de bebé realmente sossegado é o fim de toda a política fervilhante das embaixadas, é o colapso de toda a toillete cara e arranjo caro de unhas. Ensombra, ridicularizando-os, os tiques de cultura e sociedade. Está para ser criado o que valha o teu palrar feliz a cada luminosa manhã ou o sorriso com que, sem falta, me contemplas, quando, pela primeira vez a cada dia, te olho e celebro. O Mistério que te possibilitou e permanece em todas as fibras conjuntadas do teu ser, Cerne e Seiva para além da orgulhosa e ignorante recusa, age em silêncio enquanto cresces. Que Milagre és tu, então, que logo dissipas aquele uivar de chacais, aquela inveja de caracteres doentios em marcação cerrada à vida alheia, à alheia liberdade? Que Festa Viva és tu, Bebé, que, sem rimas previsíveis nem programa de menu laudatório, no meio deste sacral acto de te lavar, beijar e amamentar, me olhas de um olhar que provém claramente do Início de Tudo?
Ah, poder sugar, como a um leite, essa tua sacra verdade silente que inocenta.
Que salva!
Joaquim Santos

Comments

Vitor Monteiro said…
Parabens pela filhota...se sair ao pai será sem sombra de duvidas uma pessoas excepcional...PARABENS!!!
Anonymous said…
De uma doçura simplesmente pura.
...querida filhota a tua.


:)
Anonymous said…
De uma doçura simplesmente pura.
...querida filhota a tua.


:)

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