ENORME FALÁCIA INQUISITIVA

O serviço de sondagens em Portugal ficou irremediavelmente devastado depois das gritantes descrepâncias obervadas entre sucessivas projecções anteriores e depois os resultados brutos eleitorais verificados nas últimas europeias. Não é possível levá-las a sério. Não são credíveis porque a sua linguagem distancia-se por demais da realidade insondável e palpitante que se afere directamente nas ruas e porque joga um papel demasiado fretista ao Poder com os seus interesses estabelecidos. As sondagens, pelo menos em Portugal, têm sido uma tentativa inábil e até contraproducente de condicionar e desmobilizar eleitorado, encaminhando-o como manada dócil ao statu quo neonegreiro e neo-esclavagista nos planos Laboral e Fiscal. Não têm margem para qualquer credibilidade científica dada a pobreza de universos a que recorrem. Frete ao Poder. Cenários artificiais condicionam e artificializam votações assustadiças da Mudança. Verifica-se, por exemplo, que todos os votos nulos e brancos são bem vindos a este Poder-PS e à situação de incúria vigente, porque se constituem numa homenagem declarada à gestão criminoso-danosa da Coisa Pública Portuguesa ao longo das últimas décadas, quando PS e PSD banalizaram o Estado reduzindo-o a mero Centro de Emprego das suas Clientelas tão Insaciáveis como Irresponsáveis: se o leitor não vota nos partidos enquistados de vícios que danam o País, tem os Movimentos, tem os partidos das margens, tem o MMS. Os milhões que este PS, se reconduzido, reserva às construtoras e aos privados com dente vampiresco na jugular do Estado dependem precisamente da força manipulatória de todos os seus agentes no terreno. Entre ministros, assessores e pessoal de algibeira, este PS-Governo espraia-se em pregações de padre beato, suspira por todas as ajudas, todas as poluições, intoxicações, falácias e mentiras, e, claro, por todas as sondagens que lhe dêem alento. O Desastre Aventureirista e o Estragulamento Democrático vão com este PS. Quem o não conhecer que o compre: «PS com 37 por cento dos votos e PSD com 35 por cento. A duas semanas das eleições legislativas, uma sondagem da Universidade Católica para o “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias” e RTP indica que apenas dois pontos separam os dois maiores partidos candidatos às eleições do próximo dia 27.»

Comments

Anonymous said…
Ou é a gente de qualidade que não quer ir para os partidos?
Talvez, também. Mas é mais provável a primeira hipótese. Os partidos tomaram conta do dinheirito e as pessoas lá dentro esgatanharam-se para disputar a mesa do Orçamento. E o pessoal de qualidade está a governar-se por fora. O que tem a ver com as grandes obras que este Governo quer fazer, para dar dinheiro a ganhar a alguém. Estes projectos são criminosos.
Anonymous said…
Tens razão não se deve ligar nenhuma a sondagens, tal como o Pedro Santana Lopes também não liga nenhuma à sondagem da CM de Lisboa. Outra em que os socialistas tentam condicionar a votação em Lisboa, sabendo nós que não corresponde sequer à verdade.
Concordo em pleno consigo... e com o senhor Pedro Santana Lopes.

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