1.º DE DEZEMBRO, DR. JIN GUO PING, MÉRITO PORTUGUÊS

Há quem nasça português sem que os seus lábios agraciem alguma vez o oceano de tal glória, saga multissecular de grandeza e superação na condição humana. Há quem se faça português voluntariamente na consciência crescente, porque estudiosa, de tal oceano. E o consolide numa vasta obra onde tal gesta fulgura: «Este homem [Dr. Jin Guo Ping] merece ser, e de facto já é, um português de justiça e de Direito. Não se trata de qualquer súbito impulso generoso, concedendo a nacionalidade pelo conhecido princípio de protecção aos perseguidos que a Carta das Nações Unidas nos obriga. É fácil contrariar um país de reduzida influência internacional, escolhendo as nossas autoridades a seu bel-prazer e no cumprimento daquilo que se considera como interesse geral, novos cidadãos capazes de tornar mais conhecido o nome de Portugal. Impedido de trabalhar nos nossos centros de saber e perseguido há anos pela ameaça da expulsão, o Dr. Jin viu recentemente a Nação reconhecer-lhe a obra e o seu inegável valor que consolida a nossa própria consciência nacional e revigora uma presença secular em longínquas paragens. Não sendo um "dono da bola", um proprietário de casinos ou um magnata na construção de aeroportos off-shore, o Dr. Jin Guo Ping já fez mais por Portugal que a maioria daqueles que ostentam o precioso e invejável passaporte deste país. O Estado não pode ficar agora preso a ínfimas formalidades processuais e deve ser célere e radicalmente incisivo na perfeita delimitação da sua soberania, ditada pela justiça e queiramos ou não, pelo interesse comum. Seremos mais respeitados, quanto mais firmes e ousados formos.» Estado Sentido

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