«THANK YOU, MR. PRESIDENT!»

Obama, por mais humano e sensível que seja, nunca poderia arrostar com os sonhos sociais e pacifistas que os seus eleitores e o mundo nele depositaram. Os poderes domésticos que lhe subjazem são fortes de mais. Nos tempos que correm, já é muito bom quando aos agentes políticos assistem valores de auto-exigência, frugalidade no exercício de funções, tudo temperado com índices de nobreza, elevação moral e uns pozinhos de competência inclusiva, capaz de ouvir e seguir as vias mais sábias de actuação. Daí até à histeria mediática de hoje, há que ter calma. Lisboa derreia-se numa fixação obamista como num Papa da política sobre o santuário do mediatismo mundial. É como se a adoração obsessiva que lhe vota Mário Soares fosse multiplicada por largos milhares e toda convergisse para a capital ocasional do Mundo da guerra e da paz. E para quê? Cessando a maratona de palavras circunstancialmente simpáticas, será o regresso frio ao esquecimento habitual.

Comments

floribundus said…
linguagem politiqueira:
blá, blá, blá
Anonymous said…
A acrescentar, Joshua, não posso deixar de referir que a época dos grandes presidentes, cá e lá, já passou; tudo piorou - inclusivamente a confusão sonora e visual da porcaria dos media, e a qualidade dos públicos (especialmente os que só vêem TV), que se aproxima perigosamente da oligofrenia. Lembro aqui o Presidente Eisenhower, cujo célebre discurso transmitido em 1960 alertava para os "perigos do complexo militar-industrial" (e estava-se no auge da paranóia nuclear!...). Militar de carreira, vencedor na Normandia, presidente republicano, respeitado internacionalmente. Nada de pirotecnias sociais e pessoais.
Ao contemplar este friso de anões da política actual - seja americana, seja europeia - fica-se com uma sensação de lupanar de 3ª categoria: gente pequena e sem história a palrar para gente ignorante e sem desígnio.

PS: Parece que o carro do Presidente dos EUA tem o nome de código "a besta". Muito me aprouve saber, embora há uns 30 anos esta preciosa e útil informação jamais tivesse sido badalada nas televisões: são as reportagens tipo "tardes da júlia".

Ass.: Besta Imunda
Pata Negra said…
Obama não será o Sócrates da América mas terá em comum, com ele, ser um produto mediático. E, como produto mediático, apenas serve como produto de consumo, que engorda ou emagrece mas que não alimenta!
Um abraço mr joshua

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