INCENDIÁRIO INCINERADO


À vista desarmada, num consenso inédito interpartidário, com Paulo Pedroso twitterando pelo meio uma interrogação incendiária, todos percebem que o primeiro-ministro está a criar uma "guerra artificial e gratuita" com o Presidente da República e com o Parlamento. Não governa, coisa que se duvida tenha feito alguma vez, com tantos passes prestidigitatórios publicitários, onde o parecer é levado até às suas últimas consequências. Ataca as instituições eleitas, aliás dotadas da respectiva dignidade democrática de eleitas. Há muito, não é de agora, que Sócrates “está a passar dos limites” e “a comportar-se como um adolescente”. Isto é tanto mais grave quanto prejudica o interesse nacional a todos os títulos e sob todas as formas. É a furibundice por ser de novo absoluto, por instigar motivos de vitimização arrastando nesse processo todo o moribundo e nulo partido socialista atrás. É o desassossego de que mais dia menos dia toda o esterco praticado [e escutado] explodirá na imprensa nacional e que torpes evidências de distorção da democracia ficarão patenteadas. Governar é isto? Será atacar a Presidência como uma besta feroz acossada por seus próprios lixos e por uma mole de cidadãos que já lhe topou o viciozinho de boca, sempre desdenhoso? Será atacar o Parlamento como um ungulado na arena? Incinerado de casos, arma-se em incendiário do Regime à espera que o crime compense e dele escape airosamente como até aqui, encurralado, mas rugindo. Espera ser "salazarizado" como salvador incontornável, tipo 1933, depois de artificializar os bloqueios de que se faz vítima num ávido totalitarismo subjectivista.

Comments

Daniel Santos said…
Feliz Natal e aquele abraço

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