DÉCADAS A BRINCAR ÀS EUROPAS-PRÓSPERAS

«Não há como fugir à realidade: estava a economia grega no bom caminho? não; estavam as finanças controladas e as contas honestas? não; pagavam os gregos na sua maioria os seus impostos de forma regular? não; gastava o estado Grego apenas o que podia suportar? não; eram os empréstimos e a dívida algo que constituísse um investimento donde recolher proventos no futuro? não; era o 'cadastro de piscinas' (!!) e de propriedade particular verdadeiro e declarado para efeitos de IMI e IRS na Grécia? não; eram as dívidas dos particulares (lá como cá...) algo que estivesse controlado? não. Depois poder-se-ia continuar deste modo: abusavam os cidadãos Gregos de um Estado que (lá como cá...) era entendido como o eterno salva-vidas que alguém haveria de pagar um dia? sim; ganhavam os gregos 15 salários por ano? sim; era o salário mínimo na Grécia (uma economia tão pobre, tão estéril e tão débil como a nossa) de 750 Euros? sim; eram as reformas na Grécia a uma idade, de um modo geral, vergonhosa? sim; têm os cidadãos gregos  de um modo geral  o entendimento de um cigano-otomano-vigarista sobre os impostos e sobre a economia? sim. No fim: queriam os cidadãos e mesmo os políticos gregos cumprir REALMENTE o programa de ajuda que firmaram há mais de um ano? NÃO. Queriam apenas empurrar mais com a barriga, o que têm feito desde há duzentos anos. Salários cortados em 20 a 25% (na Polícia)!...sacrifícios horríveis...Eis o choque dos AJUSTAMENTOS, que acabam mesmo por ter de aparecer; lá como cá. Mas governos, comissão europeia, banco central, têm TODOS culpa também: durante anos andaram a fazer vista grossa e a brincar às Europas-prósperas e às 'uniões políticas' por caminhos ardilosos, ilegais, informais e fingidos. A esta 'Europa' do socialismo-de-estado-de-dinheiros-mal-geridos, dos cargos políticos e dos fingimentos atiremos a frase adequada à "justiça de Castela: merda para ti e merda para ela."» Besta Imunda

Comments

Anonymous said…
Oh Besta Imunda

Por favor não manipule, nem compare coisas desiguais:

A dívida grega foi criada por um governo conservador. Não estou com isso a dizer que os xuxas de lá não tivessem feito o mesmo e até para pior. Mas por favor não meta o povo grego no farrobodó despesista que marcou a Grécia até há pouco mais de três anos, nem chame socialistas àqueles que lá se intitulam como tal. Pare de meter tudo no mesmo saco, pois cria a ideia de que os socialistas, não os do PS, mas os socialistas autênticos, aqueles que comungam das mesmas ideias do bispo D. Carlos Azevedo, são perdulários, despesistas, etc. Penso que estas crises nos países periféricos ocorrem por não haver uma classe dirigente realmente empenhada em acabar com as patifarias do grande capital financeiro.

A forma como argumenta é manicaista: os bons agora são os PSD e os maus aqueles filhos da pauta que o senhor connhece, mas não pode ser assim: tanto uns como outros são os maus... E ambos pelos mesmos motivos: querem salvar a pele de quem os corrompe, com mais pinto menos pinto.
António de Sousa
Anonymous said…
Caro António de Sousa,

O "socialismo-de-estado", para mim, não pertence a este ou àquele partido: foi um modo de vida em que todos os governos (mais os socialistas, obviamente...) se deixaram ficar e com o qual contaminaram mentalidades, hábitos e modos de proceder. Até os governos de 'direita'! Pois 'estes governos de direita', cá em Portugal e nas últimas décadas, foram também preguiçosos e 'socialistas' sem cuidar de perceber se tudo isto era sustentável (raio de palavra!). Medina Carreira - insuspeito de ser de direita - diz ele-próprio há muito que "para que o modelo de Estado Social se mantenha (imutável), é necessário dinheiro, MUITO DINHEIRO, o que manifestamente não há; e com a população a envelhecer será ainda e cada vez pior. Agora, pelas circunstâncias, somos empurrados para o 'neoliberalismo' (um espantalho, pois apenas parece neoliberalismo), mesmo a contra-gosta de um PSD que também sempre foi um depósito de compadres, de corruptos, de autarcas, de instalados, de 'socialistas', de mamões e de 'beneficiários' (veja-se a Madeira...). Não tenho ilusões: fui realista quando considerei, aqui e noutros lugares, o sr. Relvas (assim como o sr. Ruas...) como uns oportunistas do aparelho que ainda não perderam a esperança da Corrida-ao-Ouro da merda da regionalização - outro câncro do País, a par do Poder Local (...). Digo com isto que 'socialismo' é um estado de espírito que tem 'ido bem' com a nossa maneira de ser - meridional, imobilista, facilitista e perdulária; e por todos bem explorada. E o resultado está à vista.

Ass.: Besta Imunda
Toino (outro) said…
Já viram que a não aprovação do imposto extraordinário sobre as mais-valias feitas pela PT resultantes da venda da VIVO eram precisamente o valor que prevêem agora arrecadar à conta dos otários?
A "troika" PS/PSD/CDS recusaram essa medida na AR.
Os proponentes também parece que se esqueceram da proposta que apresentaram pois não falam nisso.
Diziam alguns que era subverter as regras fiscais. E antecipar distribuição de dividendos é o quê? Mas se for tributar os "ricos" que ganham 1000, 1200,1500 euros já é legal e não subverte nada.
O Dr Ricardo Salgado já veio congratular-se com a medida tomada pelo governo. Pudera, paga o povo os milhões que ele devia ter pago.
Mudaram as moscas...
Anonymous said…
valha-me Deus, caro "Besta Imunda", valha-me Deus

O senhor revela uma incapacidade enorme para ordenar e condensar ideias. Vá lá, prezado Besta Imunda, argumente e não recorra a chavões a torto e a direito, vá lá. Você até escreve bem, não precisa de espingardear...

O caro amigo não percebeu a mudança que é necessário fazer na sociedade. Deixe o Medina Carreira, que este só acertou no diagnóstico. A maior riqueza de um país até não é o dinheiro que possa ter: a maior riqueza de um país é o seu capital humano- e essa estamos a perde-la todos os dias, ano após ano...
O problema do país é estrutural, sempre foi estrutural e, por mais incrível que lhe possa parecer, até é fácil de resolver. Como? Combine comigo um dia e mostro-lhe a rapidez com que se resolve o problema. É a coisa mais simples deste mundo. Basta ir a Lisboa e acabar com os "vendedores de quimeras".

António de Sousa, membro do Movimento Revolucionário para uma Nova República

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