A NOVA COMISERAÇÃO DO SOCRATISMO RESIDUAL

Os derrotados de 2011 falam que se babam do quadro constitucional que saiu do fim do fascismo e que a Troyka e o Governo Passos põem hoje em causa, insistindo que todas as mudanças profundas para 2012 não são nem consequência da perda da soberania, mas pura sanha ideológica e pura punição gratuita ao Povo, novamente sacralizado pelo socratismo-relíquia em detrimento dos Tachos outrora Mantidos contra todo o escândalo e agora Perdidos. O discurso que subsiste nas línguas de pau pseudo-comiserativas blogueanas do fumegante socratismo insiste nisto, até que a voz lhe doa: a Esquerda Imoderada, Esquerda de todos os Tachos, Esquerda de todos os Negócios Ruinosos para Portugal, [que tem no parisiense Sócrates o seu pária milionário triste, só e incompreendido] não teve qualquer responsabilidade pelo risco de bancarrota em que nos encontramos. A desonestidade silogista de essa Esquerda Comiserativa e Devorista do Erário Português fala em reengenharia social imposta, não pela Troyka nem pela força do Memorando, mas sim pela crueldade política do Governo Passos, cuja insensibilidade social, dizem, se traduz na prometida pilhagem ao Estado e ao bolso dos pobres para dar aos ricos. E é este o discurso que a Esquerda Rapace Socratista definiu a ver se tem voga e alguma propagação e aprovação. Mas os derrotados de 2011 têm mais oferecer: apelam explicitamente ao Povo para que diga não. Essa é nova. Dizer não a quê? Não era esse o Povo aquele para cujo destino os socratistas se estavam a cagar falseando e falsificando quanto pudessem  fim de o anestesiar da realidade?! Povo cujas filhas abortam em abuso da própria lei do aborto, Povo cujas filhas abortam para lá do prazo, cujas filhas, graças à chantagem socratista pré-referendo, abortam repetidamente como método displicente de planeamento familiar, cujas filhas auferem subsídio de maternidade por abortarem, cujas filhas são pagas pelo Estado pelos próprios abortos cirúrgicos. Mas há mais ainda, entre os derrotados de 2011. Consideram que a nulidade Ministério Público se perde com processos inúteis. Quais? Não os que envolvem o execrável Duarte Lima ou o abominável Oliveira e Costa, mas os que cercam de factos gravíssimos Vara e, logo, Sócrates, com o horripilante Face Oculta. Em suma, o socratismo não tem vergonha. Hoje, chora pela defesa dos direitos dos portugueses ou da História e valores do partido socialista, uma história de puro saque e abandalhamento das instituições republicanas, de decadência e contaminação da energia vital do País com o amiguismo espesso da Maçonaria, a assimetria justiciária, a malignidade crassa da Internacional Socialista. Mesmo do PCP, que o socratismo vituperou, hostilizou e violentou no Parlamento, ou do BE, espera-se mais luta. O socratismo sem Sócrates está desesperado: acusa tais partidos minoritários na sociedade e no Parlamento de anestesia, por isso esperam tudo dos polícias, da revolta, das consequências do empobrecimento inevitável, das consequências do SNS low cost, da reformulação de direitos laborais, do aumento forçado da produtividade à custa da escravização dos trabalhadores, da imposição de normas laborais sem qualquer concertação social. Pois. Alegre resumiu o problema: é preciso remover o quanto antes o Governo Passos. Talvez essa revolta permitisse disfarçar e camuflar a verdadeira revolta que fermenta e grassa na sociedade portuguesa e essa é que é a verdadeira revolta. Não contra Passos, não contra Gaspar, não contra a Direita, mas a naturalissima revolta retroactiva contra os filhos da puta dos piratas que sugaram os nossos recursos, a nossa esperança, as nossos impostos, as nossas hipóteses. Os socratistas, anónimos ou com lata para dar a cara de pau, sabem de quem se está a falar.

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