STOLDBERG INVESTMENTS LIMITED?


Portugal não pode existir nem pode subsistir com o estado avançado de Mentira e Descontrolo Político em vigor. E a quem ainda assim assobia para o lado, como se não fosse nada consigo, convém lembrar como perfaz apenas quatro anos desde que os slogans de campanha para as Eleições Legislativas do Partido Socialista, encabeçada por José Sócrates, eram, no site nacional do Partido Socialista: "Mais Oportunidades, 150 mil empregos"; "Vamos retirar 300 mil idosos da pobreza". No entanto, quatro anos depois, o desemprego rebentou com a escala e não ficará por aqui. Ao longo de estes quatro anos, anúncios eram pomposamente repetidos e os sermões optimistas e agressivos do PM multiplicavam-se. Portugal transformava-se no paraíso dos call centers. Tendas de treta eram montadas e desmontadas pelo Governo para anunciar muitas vezes as mesmas estradas, os mesmos empreendimentos, os mesmos flops. Os impostos brutais, num povo mal pago, subiram ainda mais contra o anunciado em campanha-PS, a fim de supostamente reduzir o famoso Défice. Permanecemos vergonhosamente na ponta da cauda da Europa nos mais variados planos, regredimos teimosamente, enquanto os Gestores Públicos e as Parcerias Público-Privadas se revelavam novos sorvedouros de recursos para os bolsos clientelares de sempre. Já levamos onze anos de PS no Poder. Anos de decadência em decadência, de incúria em incúria, de fachada em fachada, de propaganda em propaganda. Enquanto o Executivo gastava balúrdios em consultadoria de imagem e marketing político, os impostos indirectos como as novas taxas moderadoras eram introduzidos como se não bastasse o que pagávamos por tudo e por nada. O saque social continua devastador e criativo. Todos os anos crescem os reformados de luxo do Regime por um lado e, por outro, mantêm-se milhares de excluídos dos subsídios de desemprego, remetidos a ainda maior miséria e continuamos a ter reformas pequenas e médias vergonhosamente baixas comparadas com a média comunitária. A a idade para a reforma foi extendida. Unidades de Saúde, Maternidades, Escolas foram fechadas no interior, precisamente onde mais falta faziam por serem pólos que asseguravam a fixação populacional e agora garantem uma criminosa desertificação acelerada. A Justiça é miseravelmente ineficiente, síndrome centro-americana ou centro-africana das sociedades magnificamente corruptas e incorrigíveis. Rebentaram escândalos político-económicos nem sempre com as devidas e rápidas consequências para os prevaricadores, contra o exemplo e imagem do processo ultra-rápido Madoff: veja-se o arrastamento sorna do caso Casa Pia e a quem ele serve, veja-se a impunidade fática de Fátima Felgueiras, veja-se a tranquilidade sorridente de Isaltino, veja-se a absolvição grotesca de Avelino Ferreira Torres, veja-se a inconsequência pífia do Apito Dourado, a tremideira escaldante no Freeport e das propaladas pressões em favor de Sócrates, encomendadas a Lopes da Mota junto dos magistrados encarregados do respectivo processo Freeport, que envolve nomes das governações passadas num intrincado de relações, conivências, sordidezes, e outros nexos de um lodoso lamaçal ético grosseiramente lesivo do País. Professores são enxovalhados, diminuídos, humilhados na praça pública por acção deliberada de um discurso directo governamental. Porque economicamente lesados e moralmente mais que sacrificados, o suicídio entre polícias da GNR aumentou consideravelmente numa espiral de descontrolo, dramas humanos e estupefacção, provando o quanto a deprimência das políticas irrealisticamente economicistas esmaga de penúria e consequente desespero os profissionais. Em suma, mentiram aos Portugueses justificando com o Défice todos os esbulhos, todos os cortes, todos os limites, todas as avaliações punitivas. Mas o Défice estourou. Estourou com os capitais apressadamente inoculados pelo Estado no BPN nacionalizado, via CGD, e com os avales aos bancos e muitos apoios avulsos a empresas amigas ou favoritas, apoios muito mal explicados e pior justificados. No meio de tudo isto, a Despesa Pública, enquanto os cidadãos eram esmagados de impostos, subiu ainda mais descontroladamente. O preço do petróleo quase rebentou com o País há precisamente um ano, enquanto a Galp padecia de arritmia: lenta na hora de baixar os preços de acordo com a baixa no mercado internacional, imediata no momento de os subir. Agora é a Crise Internacional o novo biombo para ocultar a miséria moral em decurso na vida pública, a Mentira, a Rapina sistemática ao Orçamento de Estado por Clientelas Partidárias. Jornalistas são processados por singelas opiniões laborando sobre factos indesmentidos e indesmentíveis. Nada mais pode disfarçar ou esconder que o Saque a Portugal foi Instituído pelos partidos Useiros do Poder e é prática corrente, comprometendo o futuro nacional. São décadas de Rapina nas alternâncias PSD/PS, Rapina acentuada recentemente por uma Legislatura ainda mais Rapace e Aventureira que qualquer outra no passado, com uma sofreguidão por investimento público atoleimado e redundante. O que sobra de tudo isto? Mais miséria. Mais incúria e ingovernança. Mais desemprego. Clamorosas injustiças sociais. Riqueza escandalosamente assimétrica. Indiferença para com os excluídos e os mais vulneráveis e pobres da sociedade. Em tudo isto, o nome do Ainda-PM anda arrolado com as histórias passadas e presentes mais mirabolantes e nauseabundas. Na verdade, há Demasiados Milionários Instantâneos da Política para tão pobre País. Tornámo-nos perigosamente decadentes, graças ao voto insistente, estulto, cego nos mesmos incompetentes, nas maiorias enganosamente absolutas com as quais um partido melhor se pode cevar dos Orçamentos e não prestar contas a ninguém. Como se todos estes factos não bastassem, veja-se em que companhias deploráveis [Stoldberg Investments Limited] se permite rodear esta mesma gente já por demais acossada por meio mundo de trapalhadas próprias: «O desaparecimento de documentos relativos a transações imobiliária realizadas entre a offshore Stoldberg Investments Limited e Maria Adelaide Monteiro, mãe do primeiro-ministro José Sócrates, já tinha sido noticiado pelo SOL e motivou um inquérito instaurado pelo Ministério Público.»

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