BATALHA NAVAL LISBOETA

Tal como alerta Santana, as coisas de que menos os munícipes desejarão saber é da mercearia dos lugares e das hierarquias, minudências negociais prosaicas em que se perderam Roseta e Costa, na última semana. Sobra, e é muito pouco!, a imagem atarantada presidindo a estas uniões coligatórias desesperadas e contra-natura celebradas entre o PS de Costa e o Zé-Empatante e, mais tarde, com a mesma Helena Roseta. Generaliza-se a indisfarçável convicção de que grandes mudanças aguardam o PS pós-legislativas. Se há movimentações que disso já dão conta despudoradamente, não constituem desconsideração pelo secretário-geral, que é um corpo estranho lesa-democracia, sem cultura democrática, um Ego Impante, incapaz de abnegação, na imperfeita 'democracia' portuguesa, maduro para ser exemplarmente evacuado, dejectado e excretado. É a lei da vida. Sobretudo a força renovadora que o voto pode exercer como ruptura com o comodismo acrítico em que esse partido se refastelou e se degradou ao ponto de ser pensável estar para verificar-se a mais camaleónica alternância dentro de um mesmo partido hesitabundo de pseudo-esquerda, mero flato de esquerda: um PS de ultra-direita, desumano, desastrado e desapiedado com as pessoas, mas devorista dos Orçamentos e Cargos de Estado entre os seus, quando no Governo. Um PS retórico-social, coladinho à esquerda que hoje o obnubila, só sensível ao humano da boca para fora, quando na Oposição. Um partido pendular e oportunístico assim está destinado a acabar: «"Ao falarem, como falaram, de lugares, de listas, de números uns e números dois, de vice-presidências, de lugares elegíveis, sem fazerem a mínima alusão a causas e objectivos de programa, revelaram aquilo que os preocupa: tudo fazerem para manter o poder, sem se dedicarem aos aspectos que poderiam implicar mudanças nas condições de vida dos Lisboetas", sustenta Pedro Santana Lopes.»

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