ESTAR DESEMPREGADO

É acabar por ser tratado como lixo — Francisco Van Zeller usa termos muito duros para falar de tal forma destrutiva de vida como se o soubesse de perto —, sobretudo com o passar do tempo. É uma situação deprimente e, a pouco e pouco, mata qualquer coisa por dentro, asfixiando talvez uma certa alegria em estar vivo e ser alguma coisa para os outros. Há uma pressão crescente familiar ou social para rebentar com um circuito de coisas nocivo que se aperta mais e mais. Há uma censura implícita para que rompamos com um sistema mental instalado que deflacciona a nossa alma, o nosso ânimo, a nossa convicção e entrega a alguma coisa de gratificante a qual já não sabemos o que seja. Complexo. Tóxico. Não sei se sobreviverei a isto, teia de aranha.

Comments

JotaB said…
No comentário anterior disse que sou pai. Sei o que é ver os filhos, jovens, desempregados. Eu também já conheci o desemprego. É algo que nos destrói por dentro, que acaba com a nossa auto-estima. Dói, dói muito!

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