RICARDO SALGADO, BABA MERCENÁRIA

Graças a Deus, nem todos ousam ser tão categóricos como Ricardo Espírito Santo Silva Salgado e o seu BES. Na verdade, o modo como este Banqueiro evidencia uma apetência precipitada por que se avance com os Aeroportos e TGVs, das duas, uma: ou não quer saber, don't give a fuck, don't give a shit, das consequências para o Estado e para o Povo de cujo sangue se nutre o BES e os seus interesses ou então há algo de tenebroso ainda escondido que só esses investimentos e financiamentos massivos poderão disfarçar numa nuvem de olvido. Que é estranho, é. Daí que as palavras de Nuno Amado, CEO do Santander Totta, ressoem ao bálsamo da prudência, que é o mínimo a exigir a esta gente perdida nas esferas das abstracções que são dinheiro. Quanto à construção da "Ibéria", definitivamente, o sr. Ricardo está com ideias inconfessáveis. Só os banqueiros e os seus acólitos podem ganhar "alguma coisa" com a capitulação em toda a linha de Portugal a Espanha. Os Governos do Bloco Central têm trabalhado bem, negociado como fracos com a Europa, aberto de par em par as prateleiras dos supermercados a produtos alimentares espanhóis; maus negociadores nacionais comprados como tordos por pratos de lentilhas para satelitizar e mediocrizar Portugal rapidamente. Vão com esse trabalho bem lançado, com duas décadas de enfraquecimento produtivo geral [um País de Serviços, diz Ricardo, facilitisticamente]. Para descendente de D. Afonso Henriques, parece que a Ricardo rebentou um fusível e agora quer mesmo enterrar rapidamente um equívoco chamado Portugal e assim corrigir o Sonho e Precipitação absolutamente independentistas do antepassado. Basta endividar isto até ao tutano. E já está!: «“Eu não seria assim tão peremptório [como Ricardo Salgado] a dizer que se deve fazer o mais rapidamente possível” os projectos de infra-estruturas”, considera Nuno Amado, para quem “todos os investimentos devem ser objecto, caso a caso, de uma análise rigorosa “para a avaliar o efeito na economia do país e na Balança de Pagamentos [no endividamento externo].»

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