BRASIL, PARAÍSO DO OBJECTO SEXUAL

Não se pode mudar nem uma cultura nem um Povo: o Brasil é sensualidade e é sexo, embora seja, graças a Deus, muito mais que sexo e bem mais que sensualidade. O facto de um Estado, sobrepondo-se a traços indeléveis culturais, se arrogar tecer leis contra o que seja "demasiado sexy" ou o que transcorra a estrema do que seja "mulher-objecto" só serve para explicitar e acentuar ainda mais a objectualização da mulher como traço de cultura contra o que nada há a fazer. Fica-se mal na fotografia. O ridículo da impotência desse Estado/Governo, em matéria de costumes, não poderia ser mais extenso. A objectualização da mulher e do homem é um dado para o mal e para o bem da espécie. Para o bem, uma vez que a mulher, tal como o homem, tem o direito a ser feliz sexualmente e a procurar o que a realiza numa relação e, aí, não se é somente pessoa, mas também coisa. Para o mal, porque enquanto mercadoria e espectáculo que move milhões, não há nada a fazer para sanear este desejo vivo as vinte e quatro horas do dia, os sete dias da semana. Especialmente no Brasil, onde o convite passa ainda mais ubíquo, intemporal e suculento.

Comments

Nuno Oliveira said…
Oh Joshua,
perdoa-me mas ando sem paciência para meias medidas.
Isto é uma absoluta paneleirice.
Tanta coisa que necessitava indignação e que ninguém quer saber de merda nenhuma, e vêm agora pedir suspensão da publicidade aos apara-mamas.
Para mim é muito pior o culto da estupidez com Guedes, Futres, Hélios, Chineses, Coutinhos outras vergonhas do género, do que um hino, se quisermos, à capacidade da mulher em ser sensual.
Olha, dá-me vontade de sugerir a essas senhoras, que me fazem lembrar putas ofendidas armadas em sérias, que vistam todas uma burka, deixem de tomar banho de rapar os pelos e tentem arranjar homem que as queira comer!!
atascadotijoao said…
Estou de acordo com o comentário anterior ::))

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