MULHER QUE LIMPA DUAS VEZES

Acho delicioso o paradoxo e a simbologia inscritos no assalto ao edifício da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, Rua Alexandre Herculano, em Lisboa. Paradoxo porque deveria estar blindado com todas as identidades cruzadas. A simbologia porque das duas uma, ou limpar cresceu de abrangência ou elas, pobres mulheres, de tão exasperadas, já não sabem o que fazem. A indigência deve ser muita no meu querido País, basta abrir os olhos na grande cidade. Como se fosse uma agente secreta, ao serviço dos mais mal-cheirentos investigados por corrupção, foi a empregada de limpeza a primeira detida. Não é por nada, mas deveria ser à prova de assalto o sítio onde correm algumas das mais complexas investigações relativas a corrupção e outra criminalidade económica. E daí, mais uma razão para tal coisa não ter sido por acaso.

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