CARUNCHO JORNALEIRO. CARUNCHO POLÍTICO

«O Dr. Gonçalves e Luciano Amaral têm, de um modo geral, razão em colocar o caso da Madeira em perspectiva; os brados jornaleiros e políticos contra Jardim são parciais e "estão na moda". Esses brados deviam ser justamente/igualmente distribuídos por todos os incompetentes da governação com igual diligência; e não foram. Pessoalmente não tenho já qualquer simpatia pelo homem (em tempos muito recuados, quando nada disto se adivinhava tão gravemente no horizonte, A.J.Jardim era uma oposição desassombrada à esquerdalhice pedante e incompetente da República) e os 'pontos' que ele foi marcando também os foi perdendo mais recentemente. Passou, há muito, à má-criação e à grosseria  o que num governante (pelo tristíssimo exemplo) não é aceitável. O estilo sul-americano do Líder-da-Madeira passou a grotesco e não promoveu a melhoria pessoal, moral, cívica e intelectual das suas gentes. Patrocinou e patrocina  com dinheiros públicos — clubes de futebol... Inaugura obras como quem bebe copos de poncha; re-inaugura obras com charanga e foguetes; promove 'centros culturais' que ninguém usa (fazendo lembrar Canavilhas e os seus "agentes de cultura" que têm 10 actores e cinco espectadores); enfim, usou o mesmo esquema cigano da desorçamentação, do déficit e da contabilidade-sócrates: e aí parece de facto não se distinguir em nada da esquerda - que Alberto João zurze constantemente de maneira furiosa. Teve a mesma política (portuguesa) do "fartar vilanagem"; a questão da não existência de incompatibilidades e de Jaime Ramos e deputados poderem legislar sobre negócios em seu proveito é do mais puro africanismo-zuloismo-corruptismo. A reportagem (parcial e feita para impressionar...) apresentada ontem pela Sic foi, estranhamente, muito mais agressiva com Jardim do que teria sido com sócrates  o que é significativo: parece que sócrates apesar de ter feito o mesmo ou pior, de ter calado-capado alguns jornalistas e de também inaugurar à bruta, tinha  no entender dos media do Continente  os olhos mais bonitos e merecia mais tolerância. Estas misérias têm de ser banidas. Os partidos e os políticos portugueses não sabem quando parar e quando deixar o poder pois estão por interesse e negócio agarrados a ele; a decência morreu. Quando há umas semanas aqui referi que "a Providência teria de se encarregar de Jardim fazendo-o caír com alguma doença" fui acusado de desejar dores e AVC's ao presidente do governo regional: nunca desejei e não desejo tal coisa, apenas considerava/concluía que para certos actores da cena portuguesa parece ser a única saída  fabricada e afunilada por eles próprios, tão carunchosos como o pau regularmente usado para lhes bater.» Besta Imunda

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