ESSA PECULIAR FORMA DE REBALDARIA

Nem sempre nos aparecem para frente pais repletos de bonomia e civilidade. Muito pelo contrário, muitas vezes, o que nos surge pela frente é o tom de ameaça prévia, o mais completo e trágico desequilíbrio mental, a grunhice à qual foi possibilitado sentar-se à mesma mesa connosco, docentes, e de pleno direito, ainda que melhor fora um colete de forças ou um açaime. Como é que nos defendemos do descontrolo psíquico de alguns pais aos quais a porta de um Conselho de Turma é impudicamente franqueada?! Como é que sequer resistimos aos ímpetos violentos deles e pomos a salvo a independência dos nossos juízos avaliativos? Quem é que nos protege? A polícia que prende para logo soltar um criminoso com as mil e uma atenuantes de uma Justiça cara e um sistema presidiário ainda mais caro de manter?! Isto acontece e acontecerá porque a democracia portuguesa pariu uma muito peculiar forma de rebaldaria que consiste em passar a ser de bom tom o sapateiro tocar rabecão e o negro passear-se de carapinha loira, isto é, a falta de consequências para uns pais de merda que se dão ao luxo de agredir professores e com os quais, ainda por cima, se dialoga. Dialoga em nome de quê?! Lamentavelmente, após o canhestro consulado de Maria de Lurdes Rodrigues, uma reles e brutal ministrazeca de merda de quem sintomaticamente Cavaco gostava, dá para tudo. Façam bom proveito.

Comments

Miguel said…
Engraçado, há 15/20 anos a minha mãe dizia à professora para me bater se eu me portasse mal. Diga-se que levei umas belas reguadas. Às vezes havia professores f.p. que batiam indiscriminadamente nos alunos, pra expurgar os seus problemas, causando graves danos psicológicos nos mesmos e na sua relação com a escola Não se passou comigo, mas conheci um ou dois casos. Ainda assim, se calhar fui da última geração das reguadas. Passou-se 8 para o oitenta. É triste. Os filhos de hoje, desconfio, não terão tamanha complacência no futuro.

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