CANICHE MATREIRO
O PGR está em causa, como nunca alguma vez e em tempo algum. Fala-se, e bem, do comportamento errático de Pinto Monteiro por, num dos seus despachos sobre processo Face Oculta, ter recorrido a escutas posteriores à reunião de 24 de Junho para fundamentar a sua decisão. Isto é, a partir do momento em que os suspeitos avisados começaram a desconversar, Pinto Matreiro agarrou-se a essas conversas altamente inverosímeis, contraditórias com outras conversas anteriores, para sustentar a sua decisão de arquivamento do processo. Errático porque sugeriu, desvalorizador, que se divulgassem as escutas em que Sócrates participava, mas todo se enfunou pela publicação da letra comprometedora dos seus despachos. Não faz sentido. Por isso mesmo, três quartos do país já perceberam por que motivo, Matreiro, abafou o caso do diploma-amparo; por que motivo, Sonso, desmentiu notícias do Freeport, afinal verdadeiras; por que motivo, Obediente, arquivou certidões do caso Face Oculta sem abrir inquérito; por que motivo, Servil, desvalorizou escutas que se provou serem relevantes; por que motivo, Faccioso, não encontrou qualquer indício de crime onde outros encontraram; por que razão, Inútil, valorizou escutas que ele sabia não serem dignas de crédito. Para não fazer política, conforme sugere o diabo da Tasmânia Marinho? Era o que faria um bom caniche ao colo do Primadonna.
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