PUTANHEIRO, O AXIOMA
Em jesusês, dizer que vencer o Marselha, na Liga Europa, é prioritário e derrotar o Porto, na Taça da Liga, secundário, corresponde à ideia de que, prontos, nomeadamente, o mister não gosta de bater em coitadinhos. Um jogo de cada vez. Não é coisa bonita golear um clube de rastos como o FC Porto. Ora, digo eu, bom mesmo é que Jesus esmague amanhã o Marselha e depois, no Domingo, dê lá a natural estocada final ao meu clube, esta época tão afocinhado fucile, tão atascado na mais crassa mediocridade. Tudo bem que quando se escuta Jesus, na sua cátedra estilosa, até parece que está a abarrotar de títulos, mas cumpre dizer-se que merece coleccioná-los. Tem alegria. Estamina de vencer. Quanto ao estragão anímico-desportivo no meu Dragão, tudo se resume a este axioma: se calhar, não se pode ser, na mesma época, o velho e enorme putanheiro de sempre e o fabuloso dirigente desportivo habitual. Provavelmente, não se pode servir com lustro a dois senhores. A cona e o clube.
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