ARCAÍSMO NEOLÓGICO DO MAIO DE 68

Os inconformismos libertadores do passado
mantêm-se válidos, limpos dos seus equívocos e da sua escória oportunística.
Mas agora é a ordem Económica e Pseudodemocrática ou Imperfeito-Democrática
a castrar de medos e limites os indivíduos submissos e dependentes.
Após 68, a libertação dos costumes de uma forma geral consumou-se e impôs-se,
mas o espírito de partilha, de boa relação ambiental,
de superação dos abismos desenvolvimentais no Planeta,
de plena e justificada justiça social, tudo isto parece regridir a olhos vistos
e todas as impensáveis loucuras especulativas e perigos recessivos presentes
demonstram-no à saciedade: a Revolução, esse conceito arcaico, nunca foi feita!
Fora afinal Agitação somente. A Revolução,
enquanto neologismo para a renovação absoluta de estruturas e mentes, está por fazer.
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João Carlos Espada, aqui, revisita o evento:
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«Dir-se-á que, pelo menos em matéria de costumes,
o Maio de 68 foi sem dúvida a favor da liberdade.
Isso merece uma análise mais detalhada, que este espaço não permite.
Liberdade não é conformidade com uma concepção particular de comportamento certo,
ainda que este seja designado por libertário.
É ausência de coerção por terceiros.
Muitas das instituições que sofreram o ataque de Maio de 68
- como a família, a religião judaico-cristã ou as boas maneiras -
não foram impostas por ninguém.
São 'lares' espontâneos de milhões de pessoas que simplesmente as preferem.
Como diria o outro, "what's wrong about that?".»

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