POLÍTICA TRAVESTIDA
Nas palavras de Manuela Moura Guedes, pelas pressões exercidas, António Vitorino massagista deve explicações ao País, ao PS e aos accionistas da Prisa, aos emigrantes, ao Papa, aos Peixes: se o problema era o estilo de MMG, por que motivo a equipa que tratava do Jornal Nacional já não existe? Por que motivo as peças de investigação desapareceram? Por que não são divulgados os documentos do caso Freeport que estão na TVI desde Setembro e que implicam o primeiro-ministro? Onde pára o contraditório a respeito das «tranches, pagamentos, depósitos feitos e que envolvem a empresa Smith & Pedro»? Não se comportará Júlio Magalhães como outro marcelino, outro leite, outro baldaia, a fazer gestão política dos conteúdos não divulgados? Fiquemo-nos com isto: como reitera MMG, nunca a informação divulgada, posta no ar, foi alguma vez desmentida; a equipa que fazia este programa nunca foi condenada em tribunal ou contestada a informação produzida. Para meio entendedor, MMG tinha as costas demasiado largas. Ao homem de Estado, como inversamente à mulher de César, não basta parecer honesto, tem de ser honesto. É trágico quando nem se parece nem se é.
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