FMI OU O APOCALIPSE

Impossível saber se vivemos no país dos negócios do dr. Basílio Horta se no país da fominha honrada da Dona Micas Peixeira? Não. O verniz "socialista" está a estalar porque a arte de ocultar o que de gravoso se faz, permite ou impulsiona, tem limites. A incompetência tem limites assim como a descredibilização. Tem limites, mas não em Portugal. Os atrevidos alemães interferem no trabalho orçamental português e isso parece mal, parece feio? Parece. Mas o problema da Despesa incontinente portuguesa, basicamente despesismo político, caciquista e clientelar, terá de ser desvendado em toda a sua negrura, cancro que se instalou. Como informação preliminar adicional, ficamos a saber que, afinal, a banca portuguesa está numa situação que, no curto prazo, a obriga a aumentar a própria rentabilidade, sob pena de não ter investidores. Caído do céu "socialista" aos trambolhões, mas sem a emese de optimismo bacoco, é António Sousa, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, quem o diz: «A rentabilidade da maior parte dos bancos portugueses no mercado nacional já é negativa. É uma situação complexa e que não se poderá prolongar no tempo. A melhoria da credibilidade do país é essencial para a banca conseguir ultrapassar a crise. O sector conseguirá suportar o actual momento durante um ano, dois anos. Com a corda na garganta, a situação dos bancos é realmente complicada como nunca foi anteriormente. Nem mesmo no pico da crise, porque aí não havia um problema específico de Portugal, era um problema genérico. Neste momento é muito um problema apenas de Portugal. Será obrigatório ou uma diminuição substancial do crédito ou uma venda de activos ou uma mudança de credibilidade do país no estrangeiro. Se os investidores não voltarem a Portugal, a situação tornar-se-á bastante complexa, porque, pura e simplesmente, os bancos não terão dinheiro para emprestar nessa situação. Uma intervenção do FMI em Portugal, à semelhança do que sucedeu na Grécia, é de evitar. Gostaria muito que isso nunca viesse a acontecer, porque, nesse caso, o processo de reajustamento é geralmente muito mais penoso». Foi numa entrevista à Antena 1.

Comments

Zé Povinho said…
Irra! Já estamos em crise há pelo menos uma dúzia de anos, será que ainda não nasceu quem mude o nome a esta coisa?
Abraço do Zé

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