VENENOSO FIM DA LINHA

Coisas de que se fala pouco ou não se fala, são as afloradas por Eugénio Rosa, do blogue Cinco Dias, a demonstrar o lado negro e danoso da recente governação socialista ao arrepio dos frequentes discursos melífluos. Não admira que Sócrates represente o puro contempto para com desempregados, pobres, professores rebaixados: se o seu "socialismo" pudesse, varria esta gente para debaixo do tapete e para longe da paisagem idealizada dos altos negócios de que Basílio Horta é assanhado embaixador. Contempto: eis a grande a marca de desfasamento entre a precária gente anã política e a realidade. Cevada pela grande corrupção moral que o Regime possibilita e para quem o Estado Social serve de oportunístico refrão enquanto a falência do País se instala, tal gente não tem efectiva Oposição nem da sociedade civil nem de lado nenhum: «A situação das empresa públicas de transportes colectivos (REFER, CP, Carris, ML, MP, STCP e Transtejo) está a atingir um nível insustentável, provocando a sua rápida degradação assim como dos serviços prestados à população. No fim de 2009, o Passivo daquelas sete empresas (o que estas empresas deviam) era superior ao seu Activo Liquido (o que estas empresas possuíam mais o que tinham a receber) em 4.994 milhões €, ou seja, os seus Capitais Próprios eram negativos naquele elevado montante. Assim, em 2009, o Passivo das sete empresas somava já 13.241 milhões €, enquanto o seu Activo Liquido era apenas de 8.248 milhões €. No fim de 2009, o défice orçamental oculto nestas empresas, correspondia já a cerca de 3% do PIB desse ano (a juntar ao défice de 0,8% oculto nos Hospitais EPE). E o ainda o mais grave, é o ritmo elevado a que está a aumentar. Entre 2006 e 2009, portanto em três anos de governo de Sócrates, os Capitais Próprios negativos daquelas sete empresas, passaram de -2784 milhões € para -4994 milhões €, ou seja, o seu valor negativo aumentou em 79,4%. Como consequência, no fim de 2009, o endividamento à banca destas empresas publicas atingia mais de 9.765 milhões €, tendo sido obrigadas a suportar, em 2009, 514 milhões € de encargos financeiros, portanto um valor superior a todas as Despesas de Pessoal, (inclui não só as remunerações dos trabalhadores mas também todas as outras despesas de pessoal, incluindo também as despesas com os administradores) que foi de 453 milhões €. Para que esta empresas possam funcionar, o Estado, todos os anos, tem sido obrigado a dar garantias (ser fiador) para elas obterem empréstimos para cobrir não só despesas de funcionamento mas também o pouco e insuficiente investimento que têm realizado.» Será assim até estourar e o crédito acabar. Para que tudo isto continue na mesma, muitos terão de sofrer, classes profissionais visadas, as atenções desviadas. Tudo menos assumir o venenoso fim da linha.

Comments

Rato said…
Sinceramente, não percebo. insinua que o Sócrates quer destruir o Estado Social, quando ele é neste momento o grande e verdadeiro defensor do mesmo. E,depois, apresenta dados que levam à necessidade de um maior corte na despesa. Não dá para entender.
Anonymous said…
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