EU, MAMUTE ME CONFESSO

Tenho andado em dores de parto com o meu próprio livro, que já existe 
e ao mesmo tempo é projecto de existência publicada.
Nessa medida, um escritor é sempre o Mamute improvável, percorrendo o seu caminho,
tal como o Elefante Salomão, até se tornar narrativa, ficção lavrada
lançando os seus fundamentos na mais pura experiência das coisas.
Assim me vejo. Ver-se-á porventura assim o nosso lanzaroteano Saramago.
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A viagem da memória, do peso dela em sentido amplo, 
é a de quem escreve ou ensaia compreender.
Em Outono, se Deus quiser, espero fazer a minha leitura 
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«A ideia de escrever este livro tem mais de dez anos 
e surgiu quando Saramago visitou a Áustria e entrou, em Salzburgo, 
num restaurante chamado "O Elefante", segundo a Efe, 
que falou com o escritor através de correio electrónico.
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"Escrevi os últimos três livros na mais deplorável situação de saúde, 
nada propícia a sentimentos de alegria. Prefiro dizer: se tens que escrever, escreverás", 
disse Saramago, distinguido com o Nobel da Literatura em 1998. 
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Ainda no comunicado divulgado no blogue da fundação, 
do qual Pilar é a presidente, a Viagem do Elefante está “pontuado de acordo 
com as regras de Saramago, os diálogos intercalam-se na narração, 
um todo que o leitor em de organizar de acordo com a sua própria respiração.” No blogue (http://blog.josesaramago.org) O Blogue da Fundação José Saramago 
está ainda disponível um fragmento do livro para leitura. 
"Não é um livro mais, é o livro que estávamos esperando 
e que chegou a bom porto, o leitor. 
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Salomão, o elefante, não teve tanta sorte, 
mas disso não falarei, aguardemos o Outono, 
e então sim: aí, em vários idiomas simultaneamente, 
poderemos comentar páginas, aventuras, desenlaces. 
Os materiais da ficção, que são também os da vida", 
acrescenta Pilar del Rio sobre a obra.»
Comments
A liberdade que sinto quando leio cada obra deste autor é uma sensação maravilhosa! É um elogio à afectividade humana, à psicologia (e psicanálise!).
Estou ansiosa por ler mais uma obra!
Obrigada Saramago!
Um beijo a todos
Lara Isabel Caeiro