PALPAÇÃO OPOSITIVA PSD


Intervir agora e sob os argumentos com que intervém,
para azar de esta derradeira tentativa de existência do PSD, também não resulta.
O PSD está no ponto caramelo do impasse: se se mexer, perde. Se ficar parado, perde.
Nós desejaríamos que sim, que até houvesse aí consistência e impacto,
mas não é o caso. Aguiar Branco não é um Jaguar Branco nem nos olha nos olhos.
E ao ser um triste porta-voz sozinho na bancada, ele, o microfone,
e o texto que teve de ler, o que impessoaliza tudo e inautentica tudo,
deita a perder mesmo as migalhas do capital da atenção que nos poderia merecer.
Mais uma declaração que veio agravar o clima desalentador
que perpassa a vida opositiva nacional.
lkj
Rui Pereira, que não prima pela simpatia nem pela imagem de duro e de convicto,
nada terá a temer dos ratinhos que alguém resolve propor como porta-vozes do PSD.
Aliás pontualíssimos. Imprevistos num quase part-time alheado da Política.
Os porta-vozes são figuras decorativas particularmente detestáveis, coitados,
por isso mesmo Paulo Portas os dispensa,
fazendo ele retoricamente um bom trabalho dramatizador da própria convicção:
pense-se no risonho e maneirento Vitalino sempre triunfoso.
Quem é que simpatiza com ele ou o ouve de modo a fazer fé? Impossível.
Quem é que leva a sério Alberto Martins, no seu papel reduzido à bajulação parlamentar?!
Do mesmo modo, as figuras que serviram de mó mediática e de empecilho taralhoco
ao célebre Menezes de Gaia, o homem do povo, com o povo e para o povo
no circuito do churrasco e da broa de milho,
não concitam a nossa simpatia. São barões fantasmagóricos.
lkj
Queremos que a palavra pertença a quem domine os dossiês e tenha incisividade
e não comece logo pelas demagogias das exigências de demissão.
Quem se tem demitido de crescer e de aparecer não tem moral para exigir demissões.
Os erros de casting pagam-se caro. Até ao momento tem sido o País a pagar.
E, com razão, serão o BE e o PCP, e bem!, a agradecer
a mumificação da palavra pertinente e atempada do tal partido sagitado
e a sua transformação em qualquer coisa nem carne nem peixe,
nem cavalo nem burro. Na Zebra colorida que não há.
kjh
A insegurança e a criminalidade violenta, essas são cada vez maiores,
provando que efectivamente, sem alarmismos, mas com sentido de Estado,
as palavras de atenção, preocupação e desejo de acção primaram pelo atraso
e pelo ver até aonde a coisa iria parar. Não parou. Hoje foi igual a ontem.
Amanhã as magníficas estatísticas governamentais
continuarão a ser borradas ou pelo sangue ou pelos destroços, lamentavelmente.

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