AJUSTES DIRECTOS DA CRISE

Não é possível que a crise se combata com ajustes directos amiguinhos e arbitrariedades ainda mais amiguistas e favoritistas em projectos e contratos, se é sabido que ao abrigo da legislação de excepção aprovada nos últimos dois anos em grande parte para garantir a rapidez da intervenção, a empresa Parque Escolar tem podido celebrar contratos por ajuste directo cujos montantes são, no caso dos projectos de arquitectura, oito vezes superiores ao limite fixado no regime normal. De 25 mil euros passou-se para 206 mil. Se assim procede a empresa Parque Escolar na modernização das escolas, como se procederá na construção de estes seis hospitais?! Regime ainda mais excepcional?! Atribuindo projectos, repetindo encomendas às mesmas entidades?! Definitivamente, a crise não se combate com a escolha directa de arquitectos, sem qualquer recurso a concursos públicos, com menos transparência como excluir à partida os profissionais que habitualmente não têm acesso aos grandes trabalhos. Sem debate, nem conhecimento público dos projectos não se combate a crise. Aprofunda-se, separa-se, cria-se nos nomeados a hegemonia de uns poucos e a consequente gratidão, apoio, contrapartida eleitoral. Não há limites para a demagogia nem para todas as bóias de última hora, contando que a RTP dê um tratamento prime bem cosmético a este espectáculo optimista. Já agora, a campeã Omo da Legislatura, Fátima Campos Ferreira, ainda está de férias?! Este PS fabuloso aguarda pela sua preciosa ajuda superficial-enxaguante: «O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que estão actualmente em construção seis novos hospitais e que isso contribui para combater a crise e qualificar os serviços de saúde.»

Comments

Anonymous said…
Emprego para os mesmos... obras obras obras, betão betão betão... e para os outros que não são trabalhadores da construção?! Ficam a chuchar no dedo..

Infelizmente para o portugueses Sócrates, mente, como sempre o fez, alguém acredita que tem IDEIAS e dinheiro para isso, que descaramento, por este andar ainda vai prometer um vai e vem para quem quizer viajar no espaço, é só esperar.

Oportunidades de emprego??? Fonix homem reduz a carga fiscal sobre as PME(s), e sobre as familias! Usa a CGD como instrumento de politica economica ao serviço da revitalização e não como um banco comercial normal! Se não ha consumo, não ha investimento, se não ha consumo nem investimento não ha receita fiscal! Pfff vamos lá construir mais um hospital (que já devia ter sido feito) como se isso fosse resolver o problema do desemprego! Alguém controla estas empreitadas e a legalidade dos trabalhadores que nelas laboram?

Para um 1º Ministro que estabelece como 1ª prioridade o combete à crise com a construção de um ou mais hospitais (ou do TGV, ou do aeroporto) está tudo dito... Não tem estratégia e muito menos ideias para combate à crise e para o futuro de Portugal

A prescrição de dívidas de IVA quase que triplicou num ano, atingindo os 730 milhões de euros. O Estado perdeu 1.400 milhões de euros. Assim vai a tugolândia. Nada funciona. Eis o resultado de 20 anos de centrão. Viva.

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