VASELINA DA MENTIRA

O PSD impera na Madeira e quer vingança por causa da célebre retaliação socialista, logo em 2005, com as igualmente célebres restrições ao bolo orçamental sobre a Região por motivações políticas, beneficiando os Açores. Nada como artificializar um novo César na Madeira com o torniquete apertado dos recursos. Correu mal. Toda a gente se recorda. O PSD tem medo. Vem andando com o Governo nas palminhas das mãos para que se não irrite, ali ninguém se demita a propósito das vírgulas embebidas em vaselina do Onírico Orçamento. A trupe socratista, sôfrega como é, faz o seu número: chora, espuma, vitima-se, ameaça, chantageia, quer mais Poder, ainda que, para o obter, liquide, conforme está a liquidar, a credibilidade nacional no plano Exterior: a vaselina da mentira interna converte-se em atrito de areia no plano externo e por isso mesmo os mercados e o mundo agitam-se ao nome de Portugal. Temos um problema ainda maior. Os socratistas conseguem reverter contra as Oposições factos que lhes incumbem, como aquele machão efeminado espancador da mulher que a culpa por apanhar dele. O mal que o Governo fez e o desastre que gerou no País convertem-se em algo com que se culpa a Oposição, o que é obra em matéria de virar o bico ao prego. Também o espancador fêmeo se justifica da sova infligida à mulher com a gravidade de ela ter pestanejado. Despesista e ajustista directista, multi-caciquista, este PS não tem qualquer moral para ultimatos a propósito de despesismo dos cinquenta milhões autonómicos. O Orçamento de este Socratismo é todo um embuste despesista com as velhas futilidades e onerosas flatulências habituais: parecerística de encher os grandes escritórios da advocacia do Regime, ajustes de nojo directo, negócios e tachos intactos só para amigalhaços, fantasias com palanque e púlpito, powerpoint e teleponto, espectáculo multi-anunciante, circo tecnopsicótico, saldos na aquisição barata-balúrdios dos media intimidáveis e das opiniões conformadas e obedientes. Mentir e cevar a clientela política é cada vez mais caro e parece exigir o velho poder absolutamente parvo dos últimos quase cinco anos.

Comments

Daniel Santos said…
Até podes ter toda a razão, mas nada justifica que se dê dinheiro a uma região rica e se coloque ao abandono regiões continentais pobres.

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