MANIFESTA AGONIA


Começa a ser evidente que depois de os professores e de os alunos
transformarem a insatisfação e a discordância
quanto a Esta Avaliação e este Novo Estatuto numa manifestação permanente,
serão provavelmente os pais a fazer transbordar este copo,
até porque os seus filhos não alinham em manifestações
ou manipulações, que muitas vezes nem sequer conseguem explicar devidamente
diante das câmeras das TVs à falta de porta-vozes preparados,
sem a última e definitiva palavra dos pais. De todo em todo,
uma e outra razões de protesto relevam de uma frankensteinização
do Ensino e irrespirabilização indesmentível da Escola:
o monstro anda, parece humano, tem força sobrehumana, trucida, insinua, tritura,
mas não passa de um monstro, ele próprio puro e inocente onto-ansioso
por saber quem é, mas de modo nenhum inocente
ou puro o seu criador arvorado em Absoluto.
lkj
Entre excessos formais ou ovais e alguma repressão policial caricata à mistura,
fica patente que nada se reforma com formas brutas de actuação e de persuasão,
por muito que a Revolução Cultural Chinesa se constitua
como uma excepção bem sucedida na arte de impor
uma certa forma de salvação sistémica.
lkj
Entretanto, como não há de momento um modelo
de avaliação simplificado alternativo, mais consonante com o senso-comum,
há quem consiga ou se atreva a dormir sem peso consciencial de maior
com as consequências nefandas e já nefastas de este semimorto.

Comments

Teresa Durães said…
o sistema de faltas dos alunos, a obrigatoriedade de efectuar testes quando falta mais de três dias é uma vergonha. Claro que os pais mais instruídos podem ajudar os filhos mas os outros são sempre penalizados. Quanto à avaliação dos professores... nem comento
goooooood girl said…
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Anonymous said…
O Estado não dá duas p'ra caixa no que toca a medidas no plano educativo.(não que nos outros acerte grande coisa)

Não se consegue perceber bem qual é o objectivo. Chatear? Começo a pensar que sim..

Mas acho que deve ser feita uma avaliação aos professores, porque se à uns anos valentes tive belíssimos professores, também tive belas merdas que se passeavam de livro de ponto na mão, que nem ao ar que respiram deviam de ter direito quanto mais "ensinar" alguém!!

O modelo de avaliação está desajustado e não faz o menor sentido nos moldes em que se apresenta... mas que deve existir um isso deve!

Beijo
Anonymous said…
O emaranhado, pelos vistos, prossegue.

O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, lamentou que os alunos que têm
participado em manifestações nas escolas estejam a ser manipulados.

O secretário de Estado da Educação lamentou os protestos por parte de alunos em várias escolas do país ocorridos esta sexta-feira e considerou que estes estudantes estão a ser instrumentalizados.

“Como toda a gente percebeu, muitos dos alunos nem sequer sabiam das razões pelas quais eventualmente estavam a protestar.

A Confederação das Associações de Pais já veio denunciar hoje e várias vezes a tentativa de manipulação dos alunos através de mensagens SMS”, afirmou Valter Lemos.

O governante rejeitou também dizer que na base destes protestos estarão os sindicatos, apesar de ter excluído que pais e associações de alunos apoiem este tipo de manifestações.

A Confederação das Associações de Pais já disse não apoiar este tipo de protestos de alunos e mostra-se convencida de que os estudantes estão a ser «empurrados para cometer ilícitos criminais».

“Fechar escolas como foi a mensagem que chegou a muita gente às 11 da noite é um ilícito criminal pelo qual os jovens já podem ser responsabilizados porque têm 16 anos e já podem ir a tribunal”, explicou Albino Almeida.

“Ainda ninguém teve a hombridade de assumir que estava por detrás dessas mensagens”, concluiu.

Já quanto à FENPROF, essa demarcou-se dos protestos dos alunos, mas rejeitou as “insinuações” que estão a ser levantadas pelo porta-voz socialista.

Ora, Vitalino Canas disse que por detrás destes protestos estavam “grupos radicais”.

“Não direi que sejam todos os professores que estejam por detrás disso ou que se revejam nisso. Tem havido manifestações de desagrado por parte de professores e conselhos directivos de escolas e pais”, explicou Vitalino Canas.

Este porta-voz, que diz não saber quem está por detrás dos protestos, entende ainda que este tipo de protestos “revelam uma atitude anti-democrática e uma atitude de ausência de civismo que é muito condenável”.

A propósito disto tudo, eu interrogo-me sobre como se chega à ilação que grupos radicais só pode ser a FENPROF, como parece que Mário Nogueira fez; ou como é que este acha que quem é professor está obrigatoriamente na FENPROF; ou ainda porque é que Vitalino não esteve calado; ou de quem é que fornece os números de telemóvel para se mandarem estas mensagens; ou de quem é que fornece os meios para elas chegarem quase ao mesmo tempo a muitos números; ou porque é que ainda recentemente, segundo li no JN, andava papel timbrado duma organização partidária a circular como se fosse correspondência de uma associação de estudantes?

Aqui, estou plenamente convencido, concordarás comigo, que se estivessem todos calados, não se perdia nada.
Mas mesmo nada!

Mas olha, como este país é um mistério, não é que a estudantada só agora percebeu, em Novembro de 2008, que a Lei 3/2008, que alterou a Lei 30/2002, de 20 de Dezembro, foi publicada em 18 de Janeiro e está em vigor há N tempo?

Como vês, Joshua, estas coincidências (e não é mais que isso) aliadas às caneladas verbais dão cabo disto tudo!

Sabes que te digo?
Renove-se de alto abaixo ... governo, sindicatos, conselhos executivos, associações de pais e encete-se uma nova caminhada. Da forma que as coisas estão, não há transigência possível, nem solução à vista.

Acho eu.

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