VITÓRIAS DE PIRRO DO MINISTÉRIO


Belicoso, asininamente determinado, conflituante, frenético,
aselha, nada sábio, o pesadíssimo Ministério da Educação
de Maria de Lurdes Rodrigues prepara-se para acomodar
um derrotado recuo por fases até à morte por longa asfixia
do actual processo de avaliação já agonizante.
ljlj
Procurando atacar a despesa pelo lado dos activos humanos da educação,
o Governo preferiu uma estratégia confrontacional pouco compreensível
em democracias maduras e ao optar por assim hostilizar a eito
uma classe profissional chave no País a pretexto de reformas,
as quais, na prática, não têm passado de um saque moral,
laboral e retributivo mal disfarçado e sem precedentes,
esse Governo, só aparentemente vencedor junto de uma opinião pública
pouco informada e menos ainda sensível às questões,
poderá agora ter a vitória tangencial de Pirro que é exclusivamente sobreviver, e mal
aos danos fracturantes de toda esta questão, para poder aspirar a reeditar-se
aquando das próximas eleições legislativas, [não o permita Deus!], e isto
caso ouse sacrificar um dos seus mais detestados e doidos generais com saias.
lkj
Entretanto, esses grandes chavões que alguma bloga e alguma imprensa usam
[sobre, entre os professores, 'quem quer e quem não quer a avaliação', por exemplo,]
transformam-se em mera treta para enganar papalvos e simplificar um erro crasso.
O modelo de avaliação em decurso em rigor não é avaliação
no sentido puro e pleno da palavra, mas um sistema falacioso, viciado,
condicionado, nada objectivo, sujeito ao peso morto inútil de reuniões,
formulários, tensões, quando os dados das quotas foram já lançados.
É ele, portanto, simultaneamente essa polé processual para uma maioria
e rampa de benefícios garantidos para sobrinhos e afilhados
já à partida beneficiários de um sistema mafioso que só pretende controlar tudo e todos
e mais todos que só alguns pela mais desmoralizadora das inutilidades de papel.
É um modelo óptimo, mas apenas para consagrar nos benefícios pessoais
pessoas pré-definidas, formatadas no sistema, já afectas e obedientes
à sobrevivência iníqua do próprio sistema.

Comments

Anonymous said…
A Maria de Lurdes jamais irá voltar a trás, a cagança política não o permite...
Nas próximas eleições, alguém faz de Obama nacional e logo se vê no que vai dar!

beijo
Unknown said…
«..., uma classe profissional chave no País»

E os que apanham o lixo nas ruas? e os polícias? e os bombeiros? e os enfermeiros? não são chave?

estava habituado a comentários menos tendenciosos por este lado...

será que... hum...
joshua said…
São. Mas são formados, todos eles, por professores. Referiste, Alexandre, as chave-de-fendas e as chave-de-estrela. Eu estava a falar da Chave da Porta para todas as outras chaves funcionarem.

A política da mão de obra barata paga-se caro. O Estado só quer ser competitivo com os seus quadros de nomeação política, colocados em sossego e em silêncio em posições tão bem pagas quanto inúteis e falidas.
Unknown said…
Chave da porta? Sabe como é, quanto mais alto no pedestal...

Acho que comentários destes denotam a ilusão que as frentes comunistas meteram nos professores.

Eu fui o primeiro a defender que o modelo estando mal tem de se alterar.

Existe agora vontade de se alterar, mas agora nem querem falar sobre isso enquanto não for suspenso?

Sou um dos primeiros a dizer que a razão (aquela coisa que está por detrás da porta) já não impera entre os professores. Vocês dão a chave mas não entram, é isso?

E tudo isto sendo a Maria Lurdes homónima profissional, fará se não fosse.

Mas pela sua última frase fico na dúvida... então, a luta dos professores não é por eles, mas sim contra as «posições tão bem pagas quanto inúteis e falidas»? é que se for conte comigo também...

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