BESTAS DO APOCALIPSE LUSO


O apocalipse português é feito de começos de desmoronamento como este.
Uma multidão de máscaras que se desposicionam na sua fealdade bem-falante
para nos revelar uns personagens sinistros, requintados nos gostos criminosos,
sodomizando, pervertendo, humilhando, rasto de décadas em nojeira,
que longamente se arrastaram pelos bancos da Justiça
e tudo gastaram e se desgastaram a pagar que se provasse o improvável,
quando em rigor e para abreviar: «Não se faz aquilo às crianças.»
lkj
Um conjunto de personalidades que caçam com el-Rei de Espanha, que são amigos
do topo da sociedade, que aprendem a mentir com solenidade, que não se mancam,
que em dias de tédio passados viajaram a enterrar uns milhões e outras coisas
gloriosamente erectas numas falências exóticas, nuns hotéis com muito falo,
gente cuja memória e consciência são uma real bosta, um atrevimento boçal.
Sim, o apocalipse português é feito disto e é feito de um núcleo central
de partidos nos quais os Portugueses colocavam esperança de progresso
e expectativa de bem-estar para uma vasta maioria de seus filhos,
e que se revelaram, esses partidos nucleares, somente uma máfia sôfrega
de interesses promíscuos, de imoralidades indecentes, circuito fechado de abjecção,
e de má governança incompetente, controleira, brutal e corrupta.
lkj
Agora os portugueses estão a pagar tudo isto por todos os lados e de todas as formas.
Pagam electricidade alta, pagam a falácia de caros combustíveis obscenos,
não proporcional e homologamente compatíveis com a baixa sistémica do petróleo,
mas imediatamente encarecidos em caso de alta sistémica do petróleo,
pagam gás caro, pagam água cara, pagam prestações de habitação altas
que não há euribor baixa e mais baixa ainda que as baixe.
Pagam. Pagam e pagam!
lkj
Pagam em vergonha, pagam em desânimo, pagam em horror!
Pagam por todos aqueles que, escapando às malhas amigas
e por vezes laxas, por vezes maleáveis de uma Justiça sequestrada,
não se sentem obrigados a justificar-se perante os cidadãos.
Escapam os seus sinais corporais, que outrora empalavam adolescentes
cujos olhos olhavam e viam. Fogem às consequências dos seus actos,
ficam ao abrigo da verdade, e devem ficar a rir descaradamente
da própria impunidade servida numa bandeja gloriosa, em ombros,
apoteose filha da puta, nacional venalidade.

Comments

Joaninha said…
Olha já entreguei, deixei-te um recado.

Beeijos à trupe :)
antonio ganhão said…
Joaninha, a fazer batota?
antonio ganhão said…
E temos a espada de Excalibur do nosso voto enfiada no rego do nosso desespero, incapazes de nos defendermos, prestando vassalagem aos mesmos de sempre e de quem sempre nos queixamos!

Porra!
minhas pinturas said…
Olá!
Fiquei feliz co sua visita no meu blog e desde já fique á vontade para me visitar mais vezes.
Qualquer duvida quanto a pintura em tecido estou pronta para esclarecer.
Da amiga
Meire
Boa tarde.
Confesso que não entendi muita coisa do teu comentario no meu blog, mas pelo pouco que pude traduzir, agradeço.
Só nao entendi o porque escrever em inglês ja que possui um blog em portugues.
Seu blog é interessante, virei mais vezes.
Abraço
Tiago R Cardoso said…
nem sei se estou cansado se é esta gente que me cansa.

nem sei se deva acreditar em alguma justiça no final...
quink644 said…
Claro, claro... Mais uma vez 100% de acordo...
Merda para isto,
Um abraço
Anonymous said…
Gostaria de lembrar que todos os arguidos se presumem inocentes. Esta condenação enunciada no blog tem muita vox populi e pouco de substância.

Bom texto mas adiantado no tempo, aguarde-se pela decisão judicial e não se condene ninguém antecipadamente.

Que eu saiba, o ilustre bloguer não pertence ao colectivo de juizes nomeados para o processo casa pia ?!
PreDatado said…
E vamos continuar a pagar.

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