MÁFIA-PS, MODO DE USAR


Está frio lá fora e chove. Dentro do nosso pequeno quarto somos quatro.
Do meu pequeno pc sai a minha música favorita,
sucedendo-se o meu melhor Mozart, o meu melhor Bach, o meu melhor Beethoven,
e tantos, tantos outros, numa sucessão aleatória e mágica,
peças que coleccionei ao longo dos anos para meu prazer e meu maior consolo,
sobretudo em horas negras e avaras para mim e para o meu Portugal entregue à vérmina.
Mas o abandono à paixão e à alegria de viver Singing in the Rain faz-se oásis
por vezes, ao olhar esta simplicidade familiar.
lkj
A bebé está relaxada no seu berço,
tem esgares sorridentes e solta ruidinhos meigos, parece vibrar em especial
com o movimento Alegro, Süddeutsche Orgel Musik, de Mozart,
o outra filha colou os grandes olhos ao canal Panda.
O tempo para nós é medido ao ritmo de cada amamentação, sôfrega,
e a pequena, doze dias depois, está já um chumbinho de respeito
na balança firme das nossas mãos.
Para além disso, há que naveblogar e dobrar todos os dias
novos Cabos das Tormentas porque a alegria e a angústia
vieram enlaçar-se no meu cerne.
lkj
Naveblogando, grandes verdades e belas peças de retórica
são-me dadas a ler a cada passo
e todo me passo de concordância e confluência, quando leio isto:
«O que está em causa [com a lama atirada a Cavaco]
é a tentativa de esconder o fracasso total
das políticas "reformistas" do Eng. Sócrates, o qual conseguiu o feito
de fazer o país a retroceder à década de 80, segundo revelou o INE hoje,
na confiança dos empresários no clima económico
e a confiança dos consumidores. O povo português encontra-se
na cauda da Europa nas expectativas e nos indicadores de satisfação
com a sua vida, e nem mesmo a maioria dos povos
dos novos estados da adesão apresentam um estado tão depressivo.
lkj
Sendo esta a herança de Sócrates e do seu governo
à entrada do último ano de legislatura, é normal que os socialistas
queiram matar três coelhos de um só tiro:
primeiro conspurcam a única referência política positiva dos portugueses
pós-25 Abril - o "odioso" cavaquismo, normalizando tudo pela mesma bitola
de mediocridade que caracterizou a última década de governação;
num segundo momento, condicionam a imagem e poder do PR,
a única voz credível e não controlada que lhes poderá fazer frente
nos próximos tempos, fazendo crer que a "cooperação estratégica"
continua sem mácula; por último, desviam a atenção pública
do que é realmente relevante: estamos metidos num grande sarilho
e entregues a um bando de políticos propagandistas e autoritários,
cuja incompetência agora até já é reconhecida lá fora
(a não ser que o PM considere que o Financial Times não é um jornal credível).»

Comments

antonio ganhão said…
O dia fechou-se, numa chuva que nos mergulhou na noite... é o céu que se entristece connosco. E eu fico ainda mais triste por ser demasiado cedo para accionar o biométrico que me abre as portas de um fim-de-semana prolongado!
Tiago R Cardoso said…
Esquece as noticias, está frio lá fora, um "temporal" no país, quem me dera sair.

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