O SUBSIDIOCRATA

Uma das razões por que, no Porto, Sócrates saíu à rua e ousou encarar quer as vítimas do BPP quer a multidão circundante, entabulando tartamudeada converseta, foi por ali estar tudo controlado. Com subsídios! O Porto é uma cidade desactivada e moribunda. Os subsidiados mais humildes não se rebelam porque não conseguem vislumbrar inteiramente o veneno que lhes é inoculado pela velha inactividade paga, com tabaco e vinho tinto fáceis. Porque há um lado acomodatício e caciquista em subsidiar e este PS socratesiano explorou-o à exaustão antes das legislativas e autárquicas, assediando votantes como Jack the Ripper assediava miseráveis moças. Portanto, no Porto a coisa está sempre controlada. O povo é humilde e simples. Lê, mas não entende o latim dos jornais. Um governante, em plena hecatombe dos números e das perspectivas, pode dar-se ao topete de mostrar a cara. Há, porém, outra casta de altamente subsidiados e favorecidos pelo Regime fabuloso da República Maçónica que está a ficar, de dia para dia, mais e mais descontente e infeliz. E isso pode ser auspicioso, pois quantos mais desiludidos e desacordados houver com o estilo rançoso do poder vigente, mais hipóteses terá Portugal de voltar a ser governado por amor do seu povo, com verdade e competência, antes que o pior deflagre. O tempo não perdoa e o País corre risco de vida.

Comments

Nídia said…
Concordo com o que diz do PS socratesiano mas discordo da sua opinião em relação ao povo do Porto.O Porto é um simbolo de luta.A 1ª revoluão republicana deu-se cá em 31 de janeiro de 1891...
Sim, JC, que, amigo, é o Chifrudo quem dá o mote; já ouviu, já ouviu já, que eu também ouvi (e re-ouço a cada manhã) o que de repetido e consabida passa por ser verdade. Compre uma digital câmara e dispare para o ar, que esse tal de Chifrudo (assim lhe chamo a falta de pior nome) usa colete-de-forças a prova de bala. Não o irradicamos, que até come já na nossa mesa, e respira fétido a nosso lado. Dispare para o ar, JC, que talvez seja hoje outro outubro 13 de 17... Passa por maluco, mas sem direito a encerrarem-no.

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