UM FATÍDICO MOMENTO RICARDO


Uns já começam a afiar as penas contra um histórico perdedor
chamado Carlos Queiroz, que se prevê
vá ser fortemente castigado nos próximos tempos,
ele, que abandonou o futebol inglês para ser seleccionador português
enquanto um outro abandonou o seleccionado português
para abraçar o futebol e as libras inglesas e logo
sem outra glória que o bandeiródromo em que tranformou Portugal.
lkj
Outros preferem zurzir no azar,
na desconcentração geral e anónima nos minutos finais de um jogo empolgante,
mais justamente na ineficácia do último remate, nas perdidas clamorosas.
Pelo contrário, acho que o espírito aflitivo de Ricardo pairou sobre e afligiu Quim:
na hora H, o homem, ao sair dos postes, para ser mais homem
e maior que todos os demais, beneficiando da extensão dos braços
e do timming treinado, sabido e consabido, a área é sua, sua!, bolas!,
com que poderia defender um segundo golo dinamarquês certo,
falhou a bola, fechou os olhos e, também ele!, foi como se dissesse
«Seja o que deus quiser». Ora, nós já vimos isto
e sabemos muito bem qual o resultado. Tramámo-nos pela certa.
E bem podemos deslumbrar, brilhar, saltar, correr, driblar, com túneis,
fintas de fausto e glamour, fintas de bailarino
no Rimski - Korsakov de São Petersburgo.
lkj
Não temos matadores impiedosos. Alguém ensina esta coisa simples
ao futebol nacional?

Comments

Anonymous said…
É o nosso fado, deixa lá!
Quase que valia a pena só para ter visto o David Borges admitir na SIC Notícias que, desde Vítor Baía, não temos um grande guarda-redes!

Popular Posts