VIOLENTAÇÃO CULTURAL


É mau, é horroroso, é ineficaz, é uma violentação simplificada,
e é para continuar ao longo de este ano lectivo, diz o Ministério,
prolongando aos capítulos e aos bochechos a sua guerra grotesca aos professores.
Obviamente que, perante a incompreensível manutensão do monstro kafkiano
e do afrontamento em que mantê-lo consiste é legítimo pensar
que outros valores mais altos se levantam para o Governo.
lkj
A insistência nesta violência irredutível pelo ME visa capitalizar de todas as formas
a maré de angústia que varre os professores e que os leva quer a reformas antecipadas
e por isso mesmo auto-penalizadoras, quer a capitulações liminares da profissão,
quer à desmobilização geral e ao caos nas escolas, dissolvidas no conflito,
ditando que rapidamente se avance para a sua privatização compulsiva.
lkj
A figura de um director com feição política e prestação política de responsabilidades
será a pedra de toque de uma verdadeira revolução cultural no organograma do Ensino.
Resta saber se a China obediente e servil que existe em Portugal
abrirá fissuras, dará as costas e estenderá as mãos capitulantes a isto
ou se venderá cara a aleivosia orçamental que todo e qualquer enunciado do ME,
que não passa de uma jogada maquiavélica com metas financeiras, recobre.

Comments

Anonymous said…
Não me lembro de termos passado, depois do 25 de Abril, por um período de "ditadura democrática" tão feroz como este.
Se eu pudesse influenciar nalguma coisa diria: maiorias absolutas, nunca mais.

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