ARTE DE SER TOSCO
ASS está encurralado por uma gaffe gravíssima e impensável por si cometida na célebre entrevista ao i. Gaffes e desempenhos globalmente toscos tornaram-se vulgares porque os actores políticos de segunda linha que nos têm calhado em sorte colocaram-se acima da crítica e do escrutínio das pessoas comuns a cujo serviço desprendido deveriam estar e a cujas críticas deveriam ser sensíveis. Perdem por isso o pé à dignidade dos lugares que ocupam em serviço delegado por nós comportando-se não como eleitos, mas como detentores naturais dos cargos. Enclavinham-se neles como Ahmedinejad ou Chávez, como se fossem luvas à medida. Com estes dois últimos Governos-PS generalizou-se uma forma anquilosada de abastardamento funcional ao mais alto nível, no Estado, a começar pelo chefe máximo. Toda a lata lhes assiste. Ninguém assume responsabilidades. Ninguém mostra pudor. Primeiro vende-se a mentira. Depois, vê-se. Os assuntos delicados e as verdades macroeconómicas, evitam-se. ASS, coitado, é humano além de ASS, mas deu mais um singelo exemplo do que acabo de expor. Não se pode servir a dois senhores. Ou se servirá a confidencialidade a que estão obrigados os servidores do Estado. Ou se servirá a política enganosa, com a sua ginástica de palavreado oco, de vão de escada, paixão que se dedicam os vitalinos, nas suas derivas papistas, desdenhosas, intolerantes, caceteiras. ASS tem andado demasiado agitado e distraído. Colheu o que semeou.
Comments
Ao estado a que chegámos.
Um ministro da Defesa (!!!) a comunicar a todos os possíveis interessados que a República Portuguesa vai colocar «espiões» em determinados e bem identificados sítios (teatros de guerra)!!!
Como é que possível que gente que não «assentou praça» e que tem como «habilitações» a «sociologia da batata» esteja numa pasta tão transversal, nacional e de Estado?
Não resta dúvidas que o ex-MES forneceu ao PS e PSD quadros e personalidades para todos os gostos e feitios, desde Jorge Sampaio, Ferro Rodrigues, Catalina Pestana, Vieira da Silva, David Justino, Alberto Martins, João Cravinho, Augusto Mateus, Joel Hasse Ferreira, Manuel Braga da Cruz (reitor da Universidade Católica),etc.
É curioso saber que o próprio Jorge Sampaio foi o primeiro a sair deste notável grupo, um bocadinho assustado com as propostas do então líder, Augusto Mateus, que prentendia cavalgar a «onda revolucionária» e ultrapassar pela esquerda o velhinho PCP.
Também a ex-UDP tem sido uma boa fornecedora de «quadros», desde Jorge Coelho, António Perez Metello, José Manuel Fernandes, Henrique Monteiro, João Carlos Espada, António Vitorino (da UEDS), Nuno Ribeiro da Silva,etc.
Por sua vez o glorioso MRPP forneceu e ainda fornece quadros de alto gabirito, desde o mais mediático, o Durão Barroso, ao Fernando Rosas, à Maria José Morgado, ao recentemente falecido Saldanha Sanches, Ana Gomes,etc.
Nunca a «ex»-extrema esquerda (a doença infantil do comunismo) teve tão poder nestas últimas duas décadas num país europeu como a «ex»-extrema-esquerda portuguesa.
Chegaram ao topo do Estado, desde a Defesa e Informações até às assessorias de S.Bento e Belém.
Não é por acaso que estamos como estamos...
São especialistas na balbúrdia, indisciplina, agitação e propaganda!