ABELHAS E POLUIÇÃO ELECTRÓNICA

Na esperança de que o mel não desapareça dado o desaparecimento ainda inexplicado das abelhas, investigue-se: «Tenho apiários de montanha, longe de culturas onde se usam pesticidas e também lá as abelhas estão a desaparecer. As radiações dos aparelhos electrónicos são um factor que deve ser analisado com mais atenção. Sempre que atendo o telemóvel, as abelhas rodeiam a minha mão e não me largam. É curioso.»

Comments

floribundus said…
vários animais comem as abelhas (Apis melifica creio). há cerca de 10 anos adquiriram doença até então desconhecida.
os politicos que nos desgovernam deviam ser colocados de cu destapado em cima de um cortiço de abelhas e aguardar as ferroadas
Carlos Portugal said…
Caro Joshua:
Há bastante tempo que se sabe que um dos principais factores para o desaparecimento dos enxames de abelhas é a proliferação dos horrendos e ineficientes parques eólicos. O ruído do vento nas enormes pás destes novos «moinhos de D. Quixote» e os campos electromagnéticos por eles produzidos afugentam enxames de abelhas e bandos de pássaros. Ao ponto de, na Ucrânia, alguns soldados terem tomado estas avantesmas como alvo das suas bazucas, para grande gáudio das populações locais.

Realmente, além da poluição visual, estes «parques eólicos» provocam uma poluição ainda maior e mais nefasta: pois, com a ausência de abelhas, a polinização decresce brutalmente e a agricultura vai-se...

E isto para não falar das antenas retransmissoras de telemóvel que fazem uso de micro-ondas, ou das absurdas linhas de muito alta tensão (para alimentar o quê, pergunta-se, já que nos destruíram a indústria e muitas habitações estão sem dono?).

Cumprimentos.
Daniel Santos said…
gostei da problemática da abelha.
PM said…
Julgo que se está a por a carroça à frente dos bois.

Não está nada provado quanto ao desaparecimento das abelhas.

Os telemóveis são "atacados" porque as abelhas atacam tudo o que é de cor escura.

Os parques eólicos não prejudicam as abelhas, porque na realidade, as abelhas estão a desaparecer por todo o planeta, seja em zonas com campos electromagnéticos e microondas ou zonas sem nada...nem rede de telemóvel, nem electricidade.

Desde os anos 80 que as abelhas estão em queda todos os anos.

Isto deve-se à introdução da Varroa em todo o mundo, vindo da ásia, onde vive sem prejucidar a abelha que hospedeira original - Apis cerana.
No resto do mundo, a Varroa não tem problemas em proliferar, já que a Apis mellifera não a combate tão eficazmente.

A Varroa, além de enfraquecer a abelha, é um vector de doenças que dizimam as colmeias.

Os apicultores tentam controlar a Varroa com acaricidas, mas a maioria não tem formação adequada e acaba por fazer tratamentos errados e a Varroa acaba por ficar resistente a tudo e todos. Ao mesmo tempo, os acaricidas vão sendo absorvidos pelas ceras dos favos e passam para o mel que serve de alimento à criação, que nasce enfraquecida.

A somar a isto, a apicultura intensiva, onde se juntam, num mesmo espaço, milhares de colmeias que viajam milhares de kms, para se fazer serviços de polinização na agricultura, onde apenas existe alimentação monocultural para as abelhas, também contribui para o enfraquecimento das abelhas.

Os pesticidas e herbicidas usados pelos agricultores têm um efeito mais nefasto nas abelhas, quanto mais fracas elas estiverem e até aqui tudo se tem feito para que elas enfraqueçam.

Por outro lado, na apicultura selecionam-se raças e indivíduos que têm determinadas características, como produtividade ou mansidão, através de fenómenos de consanguinidade. Isto também resulta em abelhas mais fracas e propensas a contrair doenças.

O síndroma de colapso das colónias deve-se, provavelmente, a um conjunto de factores e não a um único, que serve de desculpa para o desmazelo dos apicultores e agricultores.

Mas para o leitor comum e para s imprensa, é mais simples pensar num só culpado do que ter de usar os neurónios para relacionar todas as variáveis em causa.

Cumprimentos,
PM

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