DO CHUMBO

Interessante o modo como o Paulo sistematiza os argumentos dos dois sectores que defendem o fim das retenções no Ensino Básico ou, por extensão, em toda a escolaridade obrigatória. Eis o sector fofinho-eduquês: «É um discurso que vem principalmente da Esquerda e que faz um arco, no nosso sistema partidário, do Bloco de Esquerda ao PS, com raras excepções (por exemplo, esta visão é dominante na generalidade dos alegristas como Daniel Sampaio ou Ana Benavente). O chumbo ou retenção ou repetência ou não transição é encarado como acto de poder, de sujeição, de autoridade dos fortes sobre os fracos e como tal uma prática pedagógica emancipatória deve eliminá-lo.» Eis o sector duro-economês: «É um discurso tradicionalmente de Direita mas que, curiosamente, tem mais facilidade em entrar no actual PS do que no próprio CDS. O PSD é o seu habitat natural, em especial no discurso de subsectores que clamam muito pelo liberalismo e pelo sector privado, se possível subsidiado.» 

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